ESTA É PARA VOCÊ, REJANE CHICA

A sua palavra, na essência, já conheço de cor e salteado, embora, cada nova mensagem soe aos meus ouvidos como necessária de ouvir e sobre ela meditar.

A sua imagem, por inteiro, já foi exibida via internet e o que vimos foi uma figura simpática de mulher.

A sua voz, por pouco, ontem não fui acordada por ela e graças a Alexandre Gran Bell, entre o Rio Grande do Sul e o Rio Grande do Norte, foi estabelecida uma conversa de sotaques diferentes, mas de conteúdo fraterno, como se de há muito fossemos amigas. Rimos, jogamos conversa fora ,ela com o seu jeito gaucho de ser e o seu “barbaridade!” , “inticando” com a minha voz e imitando o nosso jeito nordestino de falar e não encontrando em mim (que aliás confessou ter me achado uma pessoa normal) a “intelectual” que imaginava que eu fosse .

Lembrando o texto de Maria Paula Alvim, “Amor ao pé da letra”, que trata da amizade virtual, percebo que estou seguindo os trâmites legais e não estou pulando etapas e sim seguindo todo um ritual : o encanto pelo pensamento, palavras, sentindo o desejo de conhecer o dono ou a dona dos escritos com os quais me identifico. Embora, reconheça, como bem diz a Maria Paula , que tem horas que a gente é assaltada pelo desejo de pular as preliminares e chegar aos finalmentes, só para encarar de frente, no cara-a-cara aquele ou aquela que tanto impressionam com os seus conhecimentos, com a sua palavra fácil, com a sua intelectualidade.

Dito isto, senhora dona REJANE CHICA, fui buscar nas Confissões de Santo Agostinho um pouco dos preceitos que devemos seguir com relação aos nossos verdadeiros amigos, a quem devemos amar, confortar, alegrar e repartir prazeres simples, como conversar, rir, prestar obséquios com amabilidades uns com os outros, ler em comum , gracejar, honrar-se mutuamente, discordar de tempos a tempos, sem ódio, como cada um consigo mesmo, e, por meio desta discórdia , afirmar a contínua harmonia, ensinar ou aprender reciprocamente qualquer coisa, ter saudades dos ausentes receber com alegria os recém-vindos.

Estes e semelhantes sinais, procedendo do coração dos que se amam e dos que pagam amor com amor, manifestam-se no rosto, na língua, nos olhos e em mil gestos cheios de prazer, como se fossem acendalhas; inflamam-se os corações e de muitos destes se vem a formar um só.

Isto que o Santo Agostinho ensina como sendo A VERDADEIRA AMIZADE, minha querida amiga Chica, é o que a gente encontra nos teus blogs e na tua página aqui do Recanto.

Por isto e por muito mais, nós os teus leitores, te amamos, Chica, tenha certeza disto. Um beijo de zélia

Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 05/12/2008
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