HELENA

Helena, sempre fora uma menina bonita, e por não dizer uma bela mulher em seus quase dezoito anos de idade. Trazia consigo um sonho, iguais a todas que ali moravam. Mas além de tudo era uma mulher vaidosa, orgulhosa de possuir um corpo desejado por muitos homens. Seu sonho maior era poder se tornar manequim e porque não, desfilar para todos numa passarela.

Porém, a pobreza atrapalhava como sempre seus sonhos. Seu pai, um homem rude, mal sabia ler e escrever vivia da pesca. Sua mãe para ajudar seu marido também pescava nas proximidades da praia pescando mariscos. Mas, Helena, mesmo vivendo nestas condições nunca imaginou desistir do que queria ser.

Até que certo dia conhecera um rapaz, que começou a namorar. Pois este tudo prometera para tê-la como companheira, e que queria para celebrar o começo de suas vidas, uma noite inimaginável, onde a poesia despertasse neles uma avassaladora paixão. E assim, por não resistir mais aos galanteios do rapaz; foram a Praia Formosa celebrando seu amor sob uma noite de lua de lua cheia.

Mas tudo não passara para eles de um lindo sonho. Pois, logo através de outro rapaz que a mesma o conhecera bem antes, perdera tudo por causa de um ciúme doentio. Ela e aquele que ali acompanhava. O sujeito desferiu alguns tiros, resolvendo junto a dois comparsas toda uma situação.

Portanto, naquele vilarejo de pescadores, acontecera uma reviravolta e só depois é que todos que ali convivam nas redondezas descobrira o autor do ato acometido e quem assim o praticou. Um sargento de policia que exercia o cargo de delegado, arbitrário e se mostrava ser o deus e senhor.

Sempre a quis possuí-la e por nada aceitava a separação dele com Helena, e tampouco se preocupava com os sentimentos dos demais. Certa vez este teria a ameaçado por tê-lo dispensado, e dizia não mais queria vê-lo. O sargento matara Helena, terminando seus sonhos de desfilar nas passarelas.