AINDA SOBRE ALAVRAS...
O que são as palavras? Palavras são mais que a união de letras. É a expressão do SER. Palavras nominam. Expressam sentimentos. Designam coisas. Denotam. Revelam o mundo. Somos palavras. Aristóteles disse que o homem é um animal político. Ernest Cassirer* afirma que somos animais simbólicos. Em ambos os casos precisamos das palavras para dizer o que somos. Palavras são mais, muito mais que só palavras...
É na palavra que o homem nasce enquanto ser cultural, social, político. Lembremos do livro sagrado: “No começo a palavra já existia (...) Tudo foi feito por meio dela (...) Jo 1, 1 e 3.” Precisamos dela para nos comunicarmos. Para pensarmos. Para traduzir sonhos e pensamentos. Comemos palavras. Vemos palavras.
Imagine você diante de um prato desconhecido. Curioso você experimenta. Gosta. Elogia o sabor. Pergunta a receita. Descobre que comeu lesma. Vomita. Você vomitou não a lesma, mas a palavra. Foi a tradução do que você comeu em palavras que lhe causou náuseas, não a lesma. E assim agimos diante de tudo.
Nada existe até que transformemos em palavras. Nada sentimos até dizermos o que nos envolve. Até na ausência de palavras para definir o que vemos e sentimos é a elas que recorremos para expressar este vazio.
O silêncio é feito de palavras. Palavras não ditas. Entender a palavra é entender o universo humano. Através dela nos desvelamos. Até nos assombramos. Admiro quem sabe usar a palavra para elucidar. Criar pontes. Crescer.
Há quem use a palavra para destruir. Castigar. Punir. Ferir. Magoar. Gosto de quem manipula a palavra como quem domina uma fera. Tornando-a mansa. Domada. Dócil. Gosto de palavras suaves. Amenas. Sutis. Inteligentes. Sábias.
Meu sonho é compreender as palavras (Ícaro sonhava voar). Aprender a usá-las de forma inteligente. Cativante. Adoro quando leio palavras que acariciam minh´alma. Um dos mais belos exemplos de como as palavras pode ser bonitas, em minha opinião, é o Sermão das Montanhas. O mais belo texto das Sagradas Escrituras.
Gosto de brincar de juntar palavras. Procurar novas significações. Sou apaixonada pela linguagem. Sua riqueza. Suas ilimitadas possibilidades. Quanto podemos fazer através das palavras! O que é a ação senão a palavra concretizada? O concreto nasce na abstração da palavra.
Gosto de sentir-me prenhe de palavras. Significados. Sentir que as palavras se multiplicam em mim e buscam a luz. Entristeço quando aborto palavras. Perco-as nos labirintos de minha mente. Esqueço-as em algum lugar secreto de meu ser e não volto a encontrá-las.
Não gosto quando coloco fel em minhas palavras, ou quando oferto-as como vinho e elas são recebidas como vinagre. Também não gosto quando elas são jogadas como pétalas e eu as recebo como pedradas.
Gosto da palavra verdadeira. Mesmo que um pouco áspera. Logo ela se torna macia. Suave. Gosto de sentir a palavra deslizando em meu pensamento e pousando como um beijo nos olhos de quem amo. Gosto dela silenciosa. Dita no carinho. No abraço.
Adoro quando ela rompe a linha do tempo e do espaço e chega através da saudade, só para nos fazer lembrar que amamos e somos amados. Ou quando ela atravessa continentes tatuadas em um papel só para trazer notícias de quem está distante. Gosta da palavra que se transforma em som e chega ao meu coração na voz que diz “eu te amo”.
Gosto da palavra que cria pontes. Derruba muros. Desfaz mal-entendidos. Traz a paz. Gosto de palavras honestas. E sou apaixonada pela palavra que nasce no coração do poeta e transforma-se em poesia viva. Aquela que na canção mais bela fala de amor. Gosto da palavra que é vida!
*Imagem pesquisada no net.
O que são as palavras? Palavras são mais que a união de letras. É a expressão do SER. Palavras nominam. Expressam sentimentos. Designam coisas. Denotam. Revelam o mundo. Somos palavras. Aristóteles disse que o homem é um animal político. Ernest Cassirer* afirma que somos animais simbólicos. Em ambos os casos precisamos das palavras para dizer o que somos. Palavras são mais, muito mais que só palavras...
É na palavra que o homem nasce enquanto ser cultural, social, político. Lembremos do livro sagrado: “No começo a palavra já existia (...) Tudo foi feito por meio dela (...) Jo 1, 1 e 3.” Precisamos dela para nos comunicarmos. Para pensarmos. Para traduzir sonhos e pensamentos. Comemos palavras. Vemos palavras.
Imagine você diante de um prato desconhecido. Curioso você experimenta. Gosta. Elogia o sabor. Pergunta a receita. Descobre que comeu lesma. Vomita. Você vomitou não a lesma, mas a palavra. Foi a tradução do que você comeu em palavras que lhe causou náuseas, não a lesma. E assim agimos diante de tudo.
Nada existe até que transformemos em palavras. Nada sentimos até dizermos o que nos envolve. Até na ausência de palavras para definir o que vemos e sentimos é a elas que recorremos para expressar este vazio.
O silêncio é feito de palavras. Palavras não ditas. Entender a palavra é entender o universo humano. Através dela nos desvelamos. Até nos assombramos. Admiro quem sabe usar a palavra para elucidar. Criar pontes. Crescer.
Há quem use a palavra para destruir. Castigar. Punir. Ferir. Magoar. Gosto de quem manipula a palavra como quem domina uma fera. Tornando-a mansa. Domada. Dócil. Gosto de palavras suaves. Amenas. Sutis. Inteligentes. Sábias.
Meu sonho é compreender as palavras (Ícaro sonhava voar). Aprender a usá-las de forma inteligente. Cativante. Adoro quando leio palavras que acariciam minh´alma. Um dos mais belos exemplos de como as palavras pode ser bonitas, em minha opinião, é o Sermão das Montanhas. O mais belo texto das Sagradas Escrituras.
Gosto de brincar de juntar palavras. Procurar novas significações. Sou apaixonada pela linguagem. Sua riqueza. Suas ilimitadas possibilidades. Quanto podemos fazer através das palavras! O que é a ação senão a palavra concretizada? O concreto nasce na abstração da palavra.
Gosto de sentir-me prenhe de palavras. Significados. Sentir que as palavras se multiplicam em mim e buscam a luz. Entristeço quando aborto palavras. Perco-as nos labirintos de minha mente. Esqueço-as em algum lugar secreto de meu ser e não volto a encontrá-las.
Não gosto quando coloco fel em minhas palavras, ou quando oferto-as como vinho e elas são recebidas como vinagre. Também não gosto quando elas são jogadas como pétalas e eu as recebo como pedradas.
Gosto da palavra verdadeira. Mesmo que um pouco áspera. Logo ela se torna macia. Suave. Gosto de sentir a palavra deslizando em meu pensamento e pousando como um beijo nos olhos de quem amo. Gosto dela silenciosa. Dita no carinho. No abraço.
Adoro quando ela rompe a linha do tempo e do espaço e chega através da saudade, só para nos fazer lembrar que amamos e somos amados. Ou quando ela atravessa continentes tatuadas em um papel só para trazer notícias de quem está distante. Gosta da palavra que se transforma em som e chega ao meu coração na voz que diz “eu te amo”.
Gosto da palavra que cria pontes. Derruba muros. Desfaz mal-entendidos. Traz a paz. Gosto de palavras honestas. E sou apaixonada pela palavra que nasce no coração do poeta e transforma-se em poesia viva. Aquela que na canção mais bela fala de amor. Gosto da palavra que é vida!
*Imagem pesquisada no net.