Uma fofoca quentíssima

Ando atarefadíssimo, mas não posso deixar passar em branco. É uma fofoca quente. Quem não gosta destas coisas, pare a leitura aqui.

Fui visitar um casal amigo que está em pé de guerra com Juninho, o filho adolescente. Semana passada a terra tremeu na casa deles. Meu amigo, pai de Juninho, não se conforma e diz que vai cortar o pescoço do filho. A mãe garante que o emendará no pau, alías, no cabo de vassoura.

Gente, vocês nem imaginam o que aconteceu! Juninho comunicou aos pais que está apaixonado e quer namorar em casa, pois as ruas estão perigosas demais. Mas se os pais não liberarem, ele enfrentará o perigo das ruas. Não nasceu mesmo para semente, argumenta, e tanto faz morrer hoje ou amanhã; e que morrer é só uma questão de tempo, covarde, é que ele não é.

A mãe promete sová-lo severamente se o filho não acabar imediatamente com esta paixão doentia pelo Carlinho, um amiguinho de escola que se diz emo.

Fiquei morrendo de dó do casal amigo e me disse solidário. Rubrei de vergonha quando o Juninho, cheio de trejeitos, voz afetadíssima, gritou na sala, na minha presença: “Quem falou que é feio gostar de bofe bonito?”

Enfiei a cara no chão, dei ré e me mandei.

Aff...