Um Exército Invisível Entre Nós
Você já teve a sensação de estar sendo seguido? Olha pro lado e não vê nada. De repente, lá se vai a bolsa, o celular, o relógio... a vida.
Pois é, o mundo tem essa sensação agora.
Na Índia vemos o retrato fiel do que estamos enfrentando ultimamente: um inimigo invísivel; apátrida: sem lugar para amarrar o cavalo. Mas, apesar disso, este exército se torna um parasita: infecta a bandeira do país hospedeiro. O terrorismo é vírus que traz instabilidade ao organismo Terra.
Mas, quem criou o "vírus"? Uma resposta curta e grossa: nós.
O descaso, a surdez, a impotência ocidental. Todos esses fatores não foram, de fato, os precursores apenas do terrorismo: até a crise financeira tem um quê disso tudo...
Cada um de nós é pai de um soldado mirim e bomba-humana. Na Índia, em Nova Iorque, em Londres ou Madrid, vemos uma força destrutiva que se move com pernas próprias, sem mão do governo. Isso assusta, pois não há lei de regulamentação que os impeça, por exemplo, de adquirir armas de destruição em massa. A causa é sua pátria, o mundo é seu campo de batalha. E nós, todos nós, soldados...
Quando há uma guerra com soldados de carne e osso - visíveis - erra-se o alvo, matamos inocentes; gente que não tinha nada a ver. Intimamos países por abrigar esse exército quando, na verdade, ele pode estar em qualquer lugar... Um exército psicológico: nos faz ter medo de todos que não são iguais à nós...
Terrorismo, tráfico de drogas no Rio, as FARC, são nossos exércitos invisíveis: não há como atacá-los sem sofrer retaliação. Não há fronteiras, só morte...
O que vemos nos últimos dias traduz aquilo que estamos sofrendo: somos reféns dos equívocos de outrem. Um exército invisível entre nós - sem colarinho branco ou não - nos ameaça lá fora com armas de discursos fascistas... E nós, chorando ou morrendo.
A guerra que eles queriam finalmente começou... Agora só nos resta rezar...
Que o natal nos traga paz...