UM CAFEZINHO COM ZÉLIA MARIA FREIRE

Eu tenho saudades de ti... Eu acordava pela manhã e te encontrava. Eu ainda com os olhos cheios de remelas, abria-os forçadamente só pra te ver, te ler, e depois do almoço: sempre de sobremesa lia um poema seu, mesmo que eu o já tivesse lido... Não pensem que é uma amada, não pensem que falo de um romance. Não é isso! Estou falando de Zélia Maria Freire, escritora de mão cheia... Mão e cabeça!

Foi através de você Zelinha que tomei gosto por escrever – Zelinha, assim que a chamo, como a amo! Lembro que o primeiro texto que li seu foi: SOMOS OU NÃO SOMOS DIABÓLICOS. Também o que mais gostei.

E quantas vezes estava eu atrás de uma emoção, de uma reflexão, de um pensamento, ia a seus textos e sempre encontrava tudo que eu queria. Às vezes me perdia na sua erudição. Mas o que eu não entendia, pesquisava, estudava... O mais importante que via em você e que copio sem vergonha, é o poder de num texto, abrir espaço para problematizações. Não apenas textos temáticos, mas a cima de tudo, problemáticos... Nunca dizer tudo, deixar sempre a margem para reflexão...

... Não sei nem ao certo se o que escrevo é uma crônica, um agradecimento, uma carta ou um apelo dos recantistas feito por mim! Já sei, é tudo isso! É até um poema meu com teus versos... Ah, quando me dissestes em teu melhor poema:

E O VIVER... PARA QUÊ?

Dor e tédio

E a vida oscilando entre os dois

Como fugir

Como me libertar

Se o meu espírito obtuso

Me arrasta sempre à fonte do sofrimento

Sem nunca preencher o vazio interior

E nesta luta permanente

Busco refúgio

Mas como se perseguida fosse

Por todo infortúnio terrestre

Nele também a dor encontro

E o viver?

Para quê?

Não sei nem que tipo de texto é esse que escrevo... Se fosse um tipo, saudades... Pronto! esse seria uma forma de escrita! Pois tenho saudades de você! Ah, ela não morreu gente! As saudades me refiro em não tê-la mais como recantista. Ela é mais viva do que imaginas e com certeza me deixou mais vivo também...

Acho que ficou clara minha admiração por ti ó zelinha... E como poeta que sou:

Ó ZELINHA...

Ó Zelinha, Zélia, ó Maria...

Como abelha rainha me destes o mel

De tuas palavras, com tuas palavras...

O fel de tua de crítica,

Que dele tanto saboreou os vermes...

Os que merecem inseticidas!

Ó Maria... Ó Zélia...

Que tanto me adoça a vida...

Que tanto me ensina...

Que tanto me ensina...

O quanto... O quanto...

Ora antes tanto um monte manto!

E como vivemos a era da tecnologia... Viva a revolução industrial! Pois Zelinha não está mais no recanto das letras. Mas aqui se encontra um link para vê-la nos encantar. Dêem uma passadinha lá, visitem-na, garanto muito mais que apenas um cafezinho...

http://www.zeliafreire.blogspot.com/

Manel Clélio (Kekel)
Enviado por Manel Clélio (Kekel) em 27/11/2008
Reeditado em 28/11/2008
Código do texto: T1306368
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