Mais uma anti-didática greve!
Em nenhuma outra época o ensino público esteve tão desgastado, em nenhuma outra época se ensinou tão mal aos alunos de escolas públicas. O governo pode ter sua dose de culpa, mas e os professores? Estão novamente em greve e não responderão, e se fizerem quem acreditará? A cada fim de cada greve prometem que vão repor as aulas perdidas, o aluno e os pais esperam e como negociamos com pessoas sem palavra, vem uma nova greve e as crianças e jovens de nosso Brasil se tornam cada vez mais burras. Mas nós, pais que tivemos a oportunidade de ter uma boa escola o que fazer? Resta-nos um caminho de Lei, denunciar a escola junto ao Ministério Público, em ações individuais com base nos 200 dias letivos, e tantas faltas de professores em sala de aula.
A alma do baiano Anísio Teixeira deve estar inquieta no tumulo, pois o educador alcançando a Secretaria de Educação da Bahia o correlato Ministério da Educação, foi o idealizador da “Escola Parque”, vendo-a ser transformada em “Escola Parque de Diversões”; o aluno brinca de aprender com o professor que brinca de ensinas, com uma Diretoria de Ensino que unicamente brinca com festivais, sem que se saiba de uma única punição aos brincalhões do ensino! Dizem que é lei o professor faltar a aula para que no horário sagrado aos nossos filhos, me benefício único, ter horário para ir a faculdade aprender, se não bastasse isto vem a greve.
A dança da brincadeira deve ter um fim, nunca foi tão sério e necessário que os pais e autoridades tomassem providência, nem que o professor tenha um bom currículo, mas se envolva ou de apoio a vadiagem dos companheiros. Só faz jus ao cargo e ser deve ser reconhecido verdadeiro professor quem freqüenta a sala de aula; não a sala onde vi aprender, mas aquela onde vai ensinar. Deveriam ter aprendido antes de postular uma vaga deste título. Reconhecer que ó salário de professor em folha é baixo, sabemos que sempre foi assim, que ao assumiram ser professores sabem disto, E se ganham pouco, por que querem disputam vagas de professores? Será que vender perfumes e bijuterias, que muitos fazem na hora de aula, não rende mais?
A recessão econômica está provocando demissões em todos os setores. Indiscriminadamente todos nós teremos que pagar um preço, pois o corte de despesas não atinge apenas ao setor privado, mas efeito toda a economia onde se enquadra o poder público. A desculpa de que os deputados, senadores, governadores e até o presidente ganham altos salários, não justifica que os professores sejam “corruptos ou safados” com o povo, como apontam os grevistas para os políticos. Essa coisa de quanto mais direito tenho mais eu quero, um dia acaba. Não há sociedade, nem economia, que suporte tantos direitos sem a contra partida de deveres.
Professores dizem ganhar pouco, mas o “por fora” vem quando faltam ao trabalho, e ainda assim recebem por isto! Quando brincam de ensinar em sala de aula, quando às vinte horas/semana se transformam em quinze, ou veja lá se não é menos! Um pai que trabalha pelo menos quarenta horas/semana, o mínimo que ele espera de quem vai ao serviço menos da metade de seu tempo, trabalhe de verdade! Que os professores primeiramente encarem o ensino como coisa séria dando ao aluno o que é de direito, e depois então tenham reconhecidos os direitos que acham ter!
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(*) Seu Pedro é o jornalista Pedro Diedrichs, editor do jornal de interior Vanguarda, de Guanambi – Bahia. É pai de filha no ensino público, e sabe que sua filha, hoje com11anos, não é aproveitada em seu potencial, e nem tem respeitado seus direitos de 200 dias aulas na escola pública que estuda. O que vem acontecendo com todas as crianças e adolescentes de nosso Brasil em escolas públicas! .