De lábia em lábia, LAPIDADA.

Temos de convir. As parcerias foram feitas e os valores se expandiram muito mais do que o mercado de trabalho. Tornaram-se morais também.

O espaço para o mundo feminino foi contemplado com plena convicção de nossas capacidades, tudo vem ocorrendo dessa forma. Mulheres inteligentes, femininas e praticas mudaram o cenário machista que impregnou o mundo por tanto tempo. Agora as coisas tornaram-se diferentes, para não dizer irreverentes.

Conquistas são conquistas, e eles andam tão preocupados com nossas estratégias que se dispuseram a essa maneira criteriosa de ir ao ataque. Sim, porque é desta forma que as baladas (surradas) tem proporcionado as paqueras, os famosos “chegue junto”. Um verdadeiro COMBATE, cordialidade que é bom nada.

Não ache que há facilidade no que você se aproxima. Há sim, uma coisa valiosa, despretensiosa chamada empatia. Por isto, abrimos brecha para que se chegue junto e caia no papo. Sim, porque não adianta dizer que a conversa não impressiona. A mulher tem jogo de cintura não só na sensualidade, que, por sinal, deixam vocês babando pelo charme, mas encontra-se também nas frases bem articuladas, conhecimento e postura, deixando que o poder da palavra concentre a tua voz no silêncio, ou se não “ham ram”, “hum rum”. Você se impressiona tanto, que antes mesmo da despedida, já pede o telefone com medo de perder o contato.

Aposte, vale a pena. Mas rogue para que ela não tenha lhe passado à perna. Conversas claras e boas, nem sempre são sinais de reciprocidade. Podem, e muitas vezes são um bom passa tempo para a festinha surrada de caras babacas, uma boa companhia vale a pena. Mas tente, não custa nada tentar.

As estratégias mesquinhas de lábias estão cada vez mais indo para o fundo do poço, tanto é, que se tornou necessário essas artimanhas rebuscadas dispostas aqui. Mas, toda regra tem sua exceção, uma ou outra irá ceder bem fácil, sem que você se preocupe de ir atrás no dia seguinte.

Os orgulhos femininos andam feridos, cada vez mais lapidados. Elas aprenderam a jogar, entraram nos valores (infelizmente) machistas que vocês por tanto tempo fizeram questão de usar. Hoje nos sentimos impostas nas paqueras, nas relações que estabelecemos entre ficas, rolos, namoros, ou qualquer “a fim”.

Mas no fundo, acredite, ela ainda espera e deseja o seu cavalheirismo, a maneira cordial que você possa chegar junto sem precisar que ela acredite nas suas juras eternas de amor, até porque, como tudo um dia que a verdade traz, a eternidade e o amor romântico já não é tão enfático para nós.

E de lábia em lábia, deu no que deu, acabamos sendo lapidadas. Neste mundo contemporâneo onde o avesso nos faz prestar contas, eu sugiro: Salve-se, salve-se quem puder.