Desabafo de um brasileiro
Hoje resolvi escrever sobre NADA.
NADA mesmo!
É... NADA.
E NADA é isso!
Pelo menos é o que diz o Aurélio.
Em suas várias definições: Que acabam lastimavelmente em NADA.
Temos definições gramaticais:
Pronome indefinido.
1.Nenhuma coisa; coisa alguma:
Advérbio.
2.De modo nenhum; absolutamente não:
Substantivo masculino.
3.A não existência.
E a título de ilustração, filosófica:
6.Filos. O que se opõe ao ser, em graus e em sentidos diversos; não-ser.
Acredito que esta de bom tamanho, pois, por mais que eu vá buscar definições, vai acabar em NADA, mais uma vez.
Cito, portanto algumas definições de NADA, ao meu ver...
A justiça brasileira, por exemplo, um NADA.
E um NADA: pronome, advérbio, substantivo e até filosófico...
Ah! Cabe aqui um adendo... Para bandidos marginais, safados, desocupados, aquele que não trabalham e tem tempo de sobra para correr atrás da burocracia, que essa instituição cobra. O que trabalhadores, pessoas de bem não o tem. Tempo ocioso.
Tenho muito para acrescentar... mas já estou quase vomitando!
Outro NADA... As reticências aqui é necessárias. deixem me pensar...
Ah! A educação brasileira, outro gigantesco NADA. Ficou um tanto fora de propósito. “gigantesco, nada.” Talvez para chamar mais a atenção. Mas é isso mesmo, não irei mudar porque acredito que ficou bom, assim... Sou policial, mas atuo nas escolas: Particular, privada, estado, município... Sou um policial Proerd – Programam Educacional de Resistência às Drogas...
E acreiditam que: ‘A’ é melhor que ‘B’, ‘C’ tem professores melhor preparado que ‘D’. Mas preparados em que? NADA! E a culpa nem é deles. Sou pedagogo e sei como foi a minha formação e de meus colegas, se é que posso chamar aquilo de formação... Ta tudo errado! Um NADA completo, infinito NADA...
Ah! E a política? Essa então... é puro NADA... para o povo é claro... para eles, corruptos, tudo.
E a saúde: Pobre do povo que NADA tem...
Brasil marginal... Terra de bandidos... çlsryubksdmba~dkgvxz... essas palavras desconexas fazem parte do meu sentimento...
Será parkinson? Deus me livre! Descunjuro!
Quero gritar!
Pois um grito tempestuoso esta se formando, num oceano turbulento, dentro de mim.
(...)
Esqueci de ofender estes crápulas. Pois estão no comando das instituições.
São capazes de me processar.
Agora é moda!
Bandido entra na casa de pessoas honestas se ferem ( o cachorro morde, descem pelo alçapão e caem sobre a pia e uma faca que dorme, amolada, no escorredor, fere-lhe o corpo, minado de cicatrizes marginais e, depois que são flagrados e presos, ainda exigem indenização do proprietário... Querem receber pelos dias parados, literalmente! Pode? Claro que pode! Estamos no Brasil.
País de marginais dos poderes.
Acho melhor parar que estou ficando estressado. Uma disritmia ataca meu coração, nesse momento... Estou a um passo de um derrame... Um ataque cardíaco e outros bichos mais...
Nesse momento, estou preso... dentro de minha própria casa... Uma verdadeira muralha cerca a frente e um cão raivoso nos fundos à me proteger. Proteger de que? Os bandidos agora usam paletó e gravata.
Tenho medo de sair à rua... Uma rua burocratizada... Com paredes decoradas e ar condicionado. E eu que pago! A conta.
AAAAAAAAAAAAH chega!
Chega NADA!
Ah! Tem mais um NADA e esse diz respeito a mim e os demais servidores da segurança pública de Santa Catarina. Nosso Governador assinou uma Lei (254) a três anos, que reza complementação salarial e até os dias atuais não se cumpriu... Prometeu as vésperas da eleição passada, o reelegemos e NADA! Fomos enganados... E não tem ninguém nesse país que possa obriga-lo a cumprir uma Lei assinada pelo próprio.
Vou gritar!
Um grito mental...
Pronto à (...)
Agora vou deixar minha consciência falar por mim:
(Faça de conta que estou soliloquiando!
Mas você pode ler meus pensamentos: doloridos, magoados, torturados. Por carrascos de gravata, trocarão o machado, a forca por canetas...)
Um honesto e trabalhador desbafa assim. Consigo mesmo:
Eu completei no dia 18 de novembro de 2008, 47 anos. Trabalho desde os 12 anos de idade. Sempre nas veredas do bem. Prezo por justiça (cadê), por educação (cadê), por políticas públicas (cadê)... Por ... tantas outras coisas, simples e necessárias, que acredito merecer e deixar, como herança, aos meus filhos...
Mas, hoje, me sinto impotente...
Vou gritar!
Um grito abafado!
Ridicularizado... Morto! Melhor assassinado...
E estão comentando na mídia brasileira: Uma certa crise americana...
E a crise que estou passando, a vários anos? quem vai comentar?
Desculpem, mais Eu precisava comentar...
Obrigado consciência...
Deixe-me sair de mim!
Vou gritar! Mais uma vez.
Um grito chorado...
Lastimado... Desolado... Só!
Comigo mesmo, não quero que minha companheira e meus filhos, vêem.
E as autoridades, dentro de palácios, a rirem...
Sou um palhaço triste e sem lona...
Mas num picadeiro pavoroso...
Onde os espectadores são meus medos...
Meus dependentes...
Minha auto estima...
Meus sonhos...
Que virarão pesadelos...
De um sonho real, da vida real.
Vida real brasileira...
E sou eu um brasileiro... Como tantos outros!
E estou vivo, mas vivo cansado da falta de TUDO. Por NADA!
Tudo de: bom, honesto, verdadeiro... CADÊ?
Desculpem!
Vou sair e pegar um lenço...
Um lenço branco... da paz!
Molhado de dor... que não quer sarar... nem secar...
Ta doendo muito, ver o que a justiça não quer ver...
Por favor que vai tirar aquela maldita faixa dos olhos da justiça...
Ou devo dizer INjustiça...
Será que tem ela vergonha de si prórpia. Eu teria!
Desculpem... Precisava desabafar.
(...)