Etnocentrismo e Xenofobia
Dizia Marco Aurélio, no seu livro Meditações: “ Nos desígnios da Natureza não se encontra maldade”.
Quer isto dizer que já no tempo do império Romano os homens percebiam que os animais são agressivos não por serem perversos mas porque esse comportamento possui um valor adaptativo, proporcionando alimento e uma defesa contra predadores.
A agressividade é uma estratégia de sobrevivência desenvolvida para atender às necessidades.
Nos primatas, coexiste com a compaixão, o altruismo, o heroísmo e um amor terno pelos filhos. Estes comportamentos são também estratégias de sobrevivência.
O processo evolutivo levou as espécies a encontrar o seu nível correcto de agressividade.
O Homem, com todos esses comportamentos codificados no seu DNA, resulta portanto de uma mistura turbulenta de tendências contraditórias. Na nossa psicologia e actuação social existe uma permanente tensão entre pólos opostos.
O etnocentrismo é a convicção de que o nosso grupo (quer seja o grupo dos amigos da Banda Filarmónica de Carrazeda de Ansiães; o Clube Desportivo de Vila Nova da Barquinha; o Grupo das Amigas do Croché do Casal do Cotão) representa tudo o que é verdadeiro e bom e está no centro do universo social. Cada um destes grupos tem um lema em comum: “ Fazemos as coisas como devem ser feitas”.
A xenofobia é o temor e o ódio a estranhos. O comportamento dos outros é diferente do nosso grupo. Logo é esquisito e maldoso. Nós somos “ os bons” e eles “os maus”.
O etnocentrismo e a xenofobia são extremamente comuns entre aves e mamíferos.
A existência de inimigos comuns é uma forma unificadora do grupo. As ameaças extremas reduzem tensões dentro do grupo. E dentro de determinados limites funciona como estratégia de sobrevivência com bons resultados.
Durante o período inicial da vida de muitos animais existe ocorre uma aprendizagem profunda e irreversível chamada de “Estampagem”. Esta pode até dar-se antes do nascimento como no caso dos patinhos que memorizam a voz de quem quer que seja antes de saírem do ovo. Se for uma voz humana que fale com o ovo (e há gente para tudo...) será a essa voz que o patinho reagirá depois de eclodir. A estampagem pode incluir a memorização de um cheiro, de um chamamento, de uma canção, de uma preferência alimentar, de uma imagem visual, e acompanha-se de uma profunda ligação emocional. A informação é implantada na memória para o resto da vida.
A predisposição para a estampagem está programada no DNA.
A estampagem é um meio de ajustar propensões gerais à realidade prática e é uma forma de educação. Os animais jovens possuem uma memória fotográfica mas não têm qualquer aptidão crítica. Acreditam em tudo o que lhe seja ensinado.
Os Jovens estão sempre prontos a prender a quem devem amar e a quem odiar.
Tal como os patinhos podem seguir um ser humano para todo o lado como se da mamã se tratasse a estampagem pode levar em animais superiores não escrupulosos, a uma má utilização.
Assim se explica a produção em massa de homens (adolescentes, meninos, crianças...) bomba. Assim se explica a utilização de meninos guerreiros que chacinam em nome dos interesses de adultos sedentos de poder. Assim se explica a utilização do racismo para que homens com desmesuradas ambições políticas alcancem o poder político.
Estando o etnocentrismo e a xenofobia impressos no código genético do ser humano não é difícil que um líder inteligente e manipulador de massas utilize técnicas de estampagem para dirigir a agressividade inerente ao animal que existe em cada um de nós para atingir os seus próprios fins.
Assim se formam exércitos numerosos de gente pronta a seguir uma “causa”.
Até que a consciência finalmente acorde. E o homem se torne Homem.
Dizia Marco Aurélio, no seu livro Meditações: “ Nos desígnios da Natureza não se encontra maldade”.
Quer isto dizer que já no tempo do império Romano os homens percebiam que os animais são agressivos não por serem perversos mas porque esse comportamento possui um valor adaptativo, proporcionando alimento e uma defesa contra predadores.
A agressividade é uma estratégia de sobrevivência desenvolvida para atender às necessidades.
Nos primatas, coexiste com a compaixão, o altruismo, o heroísmo e um amor terno pelos filhos. Estes comportamentos são também estratégias de sobrevivência.
O processo evolutivo levou as espécies a encontrar o seu nível correcto de agressividade.
O Homem, com todos esses comportamentos codificados no seu DNA, resulta portanto de uma mistura turbulenta de tendências contraditórias. Na nossa psicologia e actuação social existe uma permanente tensão entre pólos opostos.
O etnocentrismo é a convicção de que o nosso grupo (quer seja o grupo dos amigos da Banda Filarmónica de Carrazeda de Ansiães; o Clube Desportivo de Vila Nova da Barquinha; o Grupo das Amigas do Croché do Casal do Cotão) representa tudo o que é verdadeiro e bom e está no centro do universo social. Cada um destes grupos tem um lema em comum: “ Fazemos as coisas como devem ser feitas”.
A xenofobia é o temor e o ódio a estranhos. O comportamento dos outros é diferente do nosso grupo. Logo é esquisito e maldoso. Nós somos “ os bons” e eles “os maus”.
O etnocentrismo e a xenofobia são extremamente comuns entre aves e mamíferos.
A existência de inimigos comuns é uma forma unificadora do grupo. As ameaças extremas reduzem tensões dentro do grupo. E dentro de determinados limites funciona como estratégia de sobrevivência com bons resultados.
Durante o período inicial da vida de muitos animais existe ocorre uma aprendizagem profunda e irreversível chamada de “Estampagem”. Esta pode até dar-se antes do nascimento como no caso dos patinhos que memorizam a voz de quem quer que seja antes de saírem do ovo. Se for uma voz humana que fale com o ovo (e há gente para tudo...) será a essa voz que o patinho reagirá depois de eclodir. A estampagem pode incluir a memorização de um cheiro, de um chamamento, de uma canção, de uma preferência alimentar, de uma imagem visual, e acompanha-se de uma profunda ligação emocional. A informação é implantada na memória para o resto da vida.
A predisposição para a estampagem está programada no DNA.
A estampagem é um meio de ajustar propensões gerais à realidade prática e é uma forma de educação. Os animais jovens possuem uma memória fotográfica mas não têm qualquer aptidão crítica. Acreditam em tudo o que lhe seja ensinado.
Os Jovens estão sempre prontos a prender a quem devem amar e a quem odiar.
Tal como os patinhos podem seguir um ser humano para todo o lado como se da mamã se tratasse a estampagem pode levar em animais superiores não escrupulosos, a uma má utilização.
Assim se explica a produção em massa de homens (adolescentes, meninos, crianças...) bomba. Assim se explica a utilização de meninos guerreiros que chacinam em nome dos interesses de adultos sedentos de poder. Assim se explica a utilização do racismo para que homens com desmesuradas ambições políticas alcancem o poder político.
Estando o etnocentrismo e a xenofobia impressos no código genético do ser humano não é difícil que um líder inteligente e manipulador de massas utilize técnicas de estampagem para dirigir a agressividade inerente ao animal que existe em cada um de nós para atingir os seus próprios fins.
Assim se formam exércitos numerosos de gente pronta a seguir uma “causa”.
Até que a consciência finalmente acorde. E o homem se torne Homem.