Nem por isso morra

Toda hora autoridades metem a cara na tv para culparem vítimas assassinadas por reagirem a ataques de bandidos. É indignante ouvir o discurso oficial: “dê seu patrimônio e salve sua vida”. O cidadão, então, conclui que o melhor mesmo é perder a merda de vida e morrer à bala na batalha da reação.

E não está muito errado não. Se a migalha sobrante dos esorchantes imposto - que deveria servir para seu sustento - o ladrão vem e leva, como ele conseguirá sobreviver? De qualquer forma, estará morto. Se não morrer na mira do revolver do bandido, morrerá de fome. Mas antes será surrado pela miséria e o mesmo estado que lhe cobrava pela segurança, o rotulará de caloteiro falido.

É ou não é a falência total do estado? Não sei por qual motivo a sociedade ainda continua sustentando uma máquina tão cara e tão inútil.

Aliás, este é o motivo: a nossa redundante e retumbante estupidez, enquanto seres sociais do século XXI. Não nos curaremos nos próximos cem anos.

Revoltado? Cago e ando!