Uma tempestade em plena segunda-feira.
Alguns alcunham em seus escritos que a tal segunda-feira, não foi feita para trabalhar, dia inicial da rotina de trabalho de um cotidiano de muitos, pois com a tal globalização da economia como desculpa, o que eu aprendi nos tempos de adolescente, sobre o tal dia útil, já não é mais o mesmo, e quero deixar meu repudio, já que de útil mesmo é o tal domingo, pois diria ser útil: pra passear, jogar bola, ou até tentar, se o camarada for um craque com vaga cativa no time do Íbis como eu; passar este dia lendo jornal, enfim, tudo aquilo que só mesmo este verdadeiro dia útil, o domingo de todas as semanas propiciam aos muitos que dele podem gozar, pois retornando ao globalizar e o ataque à CLT, a semana tem sete dias úteis, ao menos para trabalhar, não fugindo a regra os que emergem nesta, tem ao menos a cada 3 domingos um de folga, disse a regra! rs. Mas voltemos a segunda-feira, e não posso deixar de relatar aqui a delicia de ter este dia para sair de casa rumo ao trabalho, que na verdade fica só a uns 300 Km do lar, e a melhor parte, é que como muito já relatei, a bordo de um delicioso ônibus, pois não há aventura melhor que andar de ônibus em dia de chuva, se é que em dia de chuva, a não ser ficar em casa, haja algo de bom para se fazer, mas. As nuvens já anunciavam o prenuncio de um fim de tarde inicio de noite a ter como companheira as gotinhas, aquelas simples gotinhas inofensivas, que ao juntar-se formam mesmo é uma tempestade. E ai começou a odisséia, deixar a carcaça de ferro do transporte, e por uns mais ou menos 392 passos chegar à rodoviária, contar passos é coisa de doido, rs; e lá esta ela, toda em obras, buracos para todos os lados, sem marquises, cheia de filas e guarda-chuvas a nos alfinetar, e então depois de aventurar-me por uma cascata d´água na entrada do ônibus, enfim a salvo na poltrona escolhida. O difícil mesmo foi suportar uma goteirinha chata no canto da janela, nada que não pudesse ser superada com um aumento de mais 1 hora de viagem, por conta da chuva, rs; e então, me senti em Veneza, pois, abaixo do busão só água, não tinha como definir o que era rio, mar, lagoa, córrego e mais outros do gênero, ainda bem que o motorista sabia o que era estrada, ufa! E então após deliciosas 9 horas de parto, cheguei ao destino, eu e a chuva a tira-colo, ai que saudade do meu guarda-chuva que esqueci em casa, esqueci não, como teimoso que sou, disse pra esposa que não precisava levar ele. Olha, acho que pior que praga de mãe é de esposa, mas pior mesmo que tudo isso, é uma segunda-feira após um feriadão prolongado e com chuva, assino embaixo, este dia não é mesmo pra trabalhar, nem sair de casa em dia de chuva...
Junior – Um sonhador