Refúgio
Quando tudo está tão seco, tão repleto de emoções vazias, nada o prende ao mundo, é preciso um lugar, um refúgio. É difícil simplesmente assistir ao tempo - que insiste tanto em não passar - sem ser consumido pelas idéias loucas e surreais que invadem a mente sem o consentimento de seu coração.
Crendo que suas idéias não o deixarão em paz, ele foge para um lugar que só ele conhece: sua própria mente. Lá ninguém o impedirá de ter quem ama, ninguém o fará desistir de seus objetivos. No lugar em que escolheu para se refugiar, ele não verá o tempo passar. É como se o mundo parasse quando ele atravessasse o portal numa bela manhã de domingo e, quando retornasse, já fosse noite no mundo real.
É a maneira que escolheu para fugir dos problemas que o cercam, para ter a mulher que não o quer, para ver o mundo como se belo ele fosse.
- Olá, seja bem- vindo ao meu refúgio.
Edgar Martins - 16/11/2008