VAMOS CUIDAR DO GLOBO

Atenção! Não é cuidar da Globo; mas cuidar do globo.

“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim” (Francisco Cândido Xavier). Essa reflexão de profundo significado me inspira a revelar meu sonho desta noite, quando acordei sobressaltado com uma idéia que a princípio parecia a coisa mais simples do mundo, mas, ao mesmo tempo visualizei que se trata de algo que não pensamos tanto, porque a nossa realidade atual é incapaz de nos tornar atingível por outro fenômeno que desnatura a vida (a aniquilação do ser humano), em razão da nossa natureza induvidosa já que vivemos porque existe um meio próprio para isso. Assim, quando erramos ou quando observamos que nosso caminho anda conturbado pelos espinhos naturais que sobressaltam nosso cotidiano é interessante revermos tudo e voltarmos atrás para que venhamos alcançar um novo fim, buscando fluídos e energias positivas na obra monumental deixada pelo nosso Criador.

Digo isso com base na universalidade do cosmos, porque o sonho a que me refiro fez-me pensar (mais uma vez) na magnitude da existência do ser humano dentro do contexto do grandioso espaço vital chamado Globo Terrestre. Nós seres humanos somos tão fortes em nossas conquistas, em nossas aspirações e em nossa capacidade para produzir as células de nosso organismo, por isso não perecemos fácil, seja pelas noções de sobrevivência ou pela nossa resistência orgânica. Mas, ao mesmo tempo somos tão frágeis que a qualquer momento podemos desencadear tristezas profundas em nossos entes queridos, quando somos chamados a estar com Deus, porque percebemos nossa vulnerabilidade, em face ao fim inexorável da carne.

Assim, temos de nos submeter a um dogma indeclinável como fonte de existência que é a sintonia entre a natureza e essências vitais do ser humano. Perdoem-me a redundância, mas o tema exige que eu me refira a três fontes vitais que vivem conosco em todos os nossos momentos como ser humano e muitas vezes nos esquecemos que qualquer uma delas que faltarem; levam à desintegração da nossa fortaleza humana: Estou falando do ar que respiramos; do alimento tão necessário e da água potável. A nossa natureza oferece esse trinômio de vida em abundância e vivemos em função dela, pois quando isso tudo deixar de existir teremos a falência do ser humano. Aliás, considerando que o ser humano é único ser vivo que possui a razão; todos nós somos os únicos responsáveis pela conservação de nosso Universo particular chamado de Globo Terrestre. Todos os outros seres que também vivem no mesmo ambiente e são tão falíveis como nós, foram colocados ao nosso lado como contingência de nossa existência, pois não há um só deles que o homem não possa dominá-los, logo, são como se fossem nossos filhos e a existência deles também depende de nós. Não escapam dessa ilação nem os bichos selvagens, pois sua conservação depende de nossa boa vontade para manter seu habitat natural.

Isso é uma novidade? Claro que não! Qualquer pessoa que tenha plena faculdade mental sabe que nosso meio ambiente depende só de nós seres humanos. Não obstante, preservação não é o mesmo que inteligência e razão, já que em pleno século XXI - quando a comunicação tomou os rumos da glória - não observamos uma perseguição categórica dos Governantes das Nações Globalizadas em nome da preservação de nosso Planeta, embora haja uma tendência mais eloqüente no tratamento desse tema, com a realização de simpósios e conferências internacionais dando azo à discussão do problema. No entanto, as posições concretas no sentido educacional ainda são bem escassas, tanto que no nosso Brasil (por exemplo) ainda são efetuadas as queimada e outras formas de degradação ambiental que causam perplexidade.

Os nossos rios sucumbem. Lembro-me que quando era jovem (moleque) minha melhor diversão era banhar-me nos riachos de minha saudosa Amambaí-MS. Muitos daqueles mananciais viraram só lembrança. A propósito, assisti recentemente no programa “Globo Rural” uma reportagem que me causou inveja, quando fiquei sabendo que um município de Minas Gerais-MG aprovou na Câmara Municipal um projeto de incentivo ao produtor rural no sentido de recuperar seus mananciais. O projeto está em plena execução e muitos proprietários já recuperaram regiões que tinha se tornado pasto para o gado e hoje reviveram e embelezam (depois de cercadas e replantadas a mata nativa) a propriedade com águas cristalinas correndo como antes pelas veias híbridas das propriedades rurais e dando esperança de um mundo melhor.

Assim, relembrando a mensagem de Francisco Cândido Xavier: querendo; nós podemos fazer um novo fim. Aliás, complemento com a mensagem de DALAI LAMA: “Só existem dois dias do ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã. Portanto, hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver”.

Machadinho
Enviado por Machadinho em 15/11/2008
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