Uma bela vista
Rua Treze de Maio. Em pouco menos de uma hora, revi alguns pontos que há anos não me proporcionava tempo para apreciar e pude me surpreender por outros, antes não notados.
Às 11 da manhã o movimento em frente aos restaurantes e cantinas era grande. Funcionários dos estabelecimentos chegavam com pacotes e sacolas, com pressa, pois o horário de almoço se aproximava. O comércio local tem em sua maioria, como foco, a alimentação. São cantinas, pizzarias, casas de carnes.
A surpresa veio nas lojas de antiguidades, que aumentaram em quantidade. Me dispus a entrar em algumas delas, olhar com curiosidade muitos objetos, porém atentar mais cuidadosamente aos cristais. Estes merecem que qualquer dia eu escreva um texto só para eles. São os lustres, as luminárias, os tampos de móveis, as taças, os copos.
Voltando pela outra calçada, desci a rua de volta ao meu destino. Decidi entrar na Igreja Nossa Senhora Achiropitta. Meu objetivo era o claustro, mas ao contrário, lá encontrei o barulho de alunos de alguma escola da região, em suposta atividade extra-classe. Mesmo assim fiz uma oração, tocada pela arquitetura e cores da pintura interna.
Saí, e voltei à João Passalaqua, pensando que, quando jovem, passeava muito no bairro famoso, especialmente devido às peças teatrais exibidas na região. Casei-me na Frei Caneca, e agora retorno, indo visitar meus filhos que moram ali. O tempo realmente é cíclico. E redondo.
E assim pensando, convidei minha filha a saborear a famosa polenta com frango no restaurante "Conchetta". Polenta com frango é só o tira-gosto. Na verdade, em seguida nos foi servido um galheto, tenro, com tempero perfeito. O prato principal é a massa, bocadinho de cada: rondele, capelete, conchilione, nhoque e mais duas ou três que já achei melhor me esquecer.
Belo passeio, de uma tarde. Pena que muitos paulistanos parecem não conhecer a cidade.