"Shine (Simplesmente Genial)"
Um filme australiano, biográfico, que retrata a vida do pianista, David Helfgot. David era um rapaz com um dom incrível para tocar piano, dom sempre conduzido pelo seu pai, que lhe incutia uma disciplina super-rígida. Daqueles pais que querem estipular todos os passos da vida dos filhos. Só lhes falta mesmo viver a vida dos rebentos ...
Devido a essa educação David tornou-se num rapaz muito inibido… Paradoxal á sua natureza porque ele era um génio da arte, um rapaz que para viver necessitava de se exprimir, de se libertar. A certa altura ele tem uma espécie de esgotamento cerebral e é internado num hospital psiquiátrico. Diziam q estava completamente louco pk manifestava em cada acção comportamentos totalmente estranhos. Mas a “loucura” de David era a coisa mais bela do mundo… Era como se ele tivesse chegado a um estágio de elevação humana muito distante do que conhecemos. Ele era absurdamente genuíno. Era só alma e coração. Nunca filtrava… Quando amava manifestava o amor da forma mais pura e exuberante, partilhava sempre o melhor de si com as pessoas, não sentia ódio nem inveja por ninguém.!! Há uma cena muito linda no filme, que é quando David vai assistir a um concerto de um seu “rival” antigo dos concursos de piano. E ele no concerto emocionou-se como o mais apaixonado dos fãs. Gritou e aplaudiu pelo seu “rival”… Diziam que era louco, mas talvez David fosse o que todos os seres humanos deveriam ser…
Quem já visitou hospitais psiquiátricos ou já conviveu com pessoas q têm “perturbações mentais” já viu certamente casos muito semelhantes. Pessoas que a sociedade isola e chama de loucas, são muitas vezes as pessoas mais simples, humildes, verdadeiras e puras que se pode encontrar. São Davids. Libertaram-se dos sentimentos mesquinhos de ganância, inveja, vaidade e maldade com que nós “normais” convivemos todos os dias. Loucos somos nos que somos incapazes de perdoar e amar por mais simples que o erro seja… e somos dados como normais …hahaha…