Amor, Belo Amor

Foi como um ludibrie trocar de olhares, uma infinita magnificência de sintonias harmônicas, como uma sinfonia magistrada, uma estrela no céu. Anda-se em torno e nada vê, olhos que não enxergam, ou que não querem ver. Do nada, duma imensidão de astros infinitos, de um livro rebuscado, assim que surge, você. Meiga e bela, assim como ninguém, ou sei lá, como poucas, que ainda não encontrei. Lapso, relâmpago. Paixão que arrebata, mas que infelizmente, separa. Alguns breves e intensos instantes, troca-se tudo, segredos e confissões, carinhos e mistérios. Mística, secreta. Assim surge uma bela mulher, de poucas e sensatas palavras, poucos e arrebatadores sorrisos. Enrola-me em seu manto secreto de amor, faz-me imaginar uma vida, e vai. Embora para outros ventos, outros tempos, para o seu futuro. Tens uma vida, assim desculpa-se, não podes deixar para a eu viver. Então fico, escrevendo e imaginando, rebuscando e remoendo, um amor da distância, um amor ambivalente e cruel.