Fumei um!
Eu sou o vingador de Lampião e estou aqui para te dizer que o caos já está entre nós, no Brasil. É muito mais destruidor do que a crise e não respeita a ninguém: nem preto, nem branco, nem rico, nem pobre. Todos indistintamente a “moer”. Seria a tal seleção natural, a lei do mais forte, o fim da organização social tal qual a conhecemos?
Chamo de “organização social” por mera e desnecessária finura. Mas todos sabem que tal organização, até então mantida pelo estado, há muito se rendeu à desorganização total. Todos os funcionários públicos deste país têm convicção de que sua obrigação termina após o concurso, cuja finalidade é escolher o “melhor” (em quê, é a questão). A propósito, os que estão impedidos de trabalhar no Maranhão pela fúria popular, recebem salários?
O caos já bateu a tua porta? É porque ainda está no regalo dos lençóis maranhenses, engrossando o toutiço, se robustecendo, se agigantando... Quando a ti chegar estará faminto e te comerá, selvagemente, sem dó, sem piedade. Ai de ti donzelo ou donzela! Quero te ver gemer fino entre as patas do “caos” devorador. Dizem que é mais voraz do que o Santão, aliás, o Capetão, e nunca tira da cara o olhar de Monalisa.
Será então a hora da prestação de conta, a hora do ranger de dentes, a hora do acerto final. Constatarás tardiamente que o inferno é aqui. Rogarás à Deus em vão. Ninguém dará atenção aos teus gritos, uis e ais. Pura frescura tua, que te vires, que relaxe e goze ou morra! É o apocalipse.
Nem pense em fazer como faziam os agricultores do Araguaia que ofereciam suas crianças à subserviência militar em troca da complacência da ditadura. Nem pense nisso! Tu mesmo é que terás de te ajoelhares e rezares. Bissexualismo é moda mundial e deus já decretou que somente estes herdarão o reino dos céus (da boca da onça, não!) se sobreviverem à destruição.
Pagarás caro. Pensas que poderás alegar desconhecimento? Eu te delatarei e gritarei que sabias e não deste ouvido. Rias tolamente. Comias, bebias, metia, pandegava... Constatarás, com lagrimas de sangue nos olhos cheios d’água, que a justiça demorou, mas chegou.
Triste, eu? Nem aí...