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ELOUQUENTES PELA PRÓPRIA NATUREZA
Nós brasileiros temos uma característica bastante interessante com relação ao resto do mundo.
Conversamos com qualquer pessoa, sobre assuntos diversos e em qualquer lugar, sem nunca termos visto aquela pessoa.
É tão forte esta característica, que uma amiga brasileira, residente nos Estados Unidos, assustou-se ao chegar aqui, após treze anos de ausência.
Ela nem se lembrava mais do quanto somos eloqüentes e ficou muito desconfiada e com muito medo, ao chegar nos lugares e ser abordada pelas pessoas por qualquer assunto, mesmo que fosse um vai chover, você não acha?
Fazemos isso tão naturalmente, que eu também só me dei conta quando ela me chamou a atenção para o fato.
Ontem, eu não pude me esquecer desta pertinente observação.
Estava em uma loja de calçados, quando uma senhora sentou-se ao meu lado, aguardando, como eu, o vendedor buscar as sandálias escolhidas.
Sem mais e sem menos, ela iniciou uma conversa e a cada palavra dela me remetia a observação de minha amiga.
- Tá calor? Num tá? Ou eu tô passando mal?
- Tá abafado, respondi. Parece que vai chover.
- Acho que vai mesmo, porque tô cum dor no "kókis".
- O quê?, perguntei-lhe.
Ao que ela respondeu:
- Todas as vezes , que vai chover, sinto uma dor profunda no "kókis".
Era um "kókis" tão contundente que eu pude até sentir a sua dor.
E detalhou:
- É uma dor tão profunda que eu nem posso sentar.
Para não parecer indiferente ao sofrimento dela, novamente perguntei-lhe:
- A senhora quebrou o cóccix?
- Não!!!!!! Mas ele dói muito. É coluna. Alguém me disse que é coluna. E quando vai chover,minha filha, dói uma dor fininha, que você nem imagina.
E detalhou-me a dor, nos seus MÍNIMOS detalhes.
- A senhora foi ao médico?
- Já, há muitos anos atrás.
Para saír do assunto, eu perguntei-lhe:
- Quantos anos a senhora tem?
E ela, novamente, devolveu-me uma outra pergunta:
- Olha bem pra mim. Quantos anos você acha que eu tenho?
Para não errar, dei um palpite bem abaixo:
- Uns!!!!!! Cinqüenta e cinco.
- Nossa, eu pareço ter isso.
Apesar da minha falta de sinceradade, naquele momento e ela realmente não parecer a idade que tinha, respondi:
- Claro!!!!
- Minha filha! Tenho sessenta e oito anos, bem sofridos e bem vividos.
E continuou o comentário, agora sussurrando em meus ouvidos
- Apesar da dor do "kókis" espetando lá no fundo, eu tenho um namorado de trinta e oito anos e olha, o meu caldo é um dos melhores.
Eu comecei a rir e, graças a Deus, chegou a vendedora que estava me atendendo, interrompendo o assunto.
ELOUQUENTES PELA PRÓPRIA NATUREZA
Nós brasileiros temos uma característica bastante interessante com relação ao resto do mundo.
Conversamos com qualquer pessoa, sobre assuntos diversos e em qualquer lugar, sem nunca termos visto aquela pessoa.
É tão forte esta característica, que uma amiga brasileira, residente nos Estados Unidos, assustou-se ao chegar aqui, após treze anos de ausência.
Ela nem se lembrava mais do quanto somos eloqüentes e ficou muito desconfiada e com muito medo, ao chegar nos lugares e ser abordada pelas pessoas por qualquer assunto, mesmo que fosse um vai chover, você não acha?
Fazemos isso tão naturalmente, que eu também só me dei conta quando ela me chamou a atenção para o fato.
Ontem, eu não pude me esquecer desta pertinente observação.
Estava em uma loja de calçados, quando uma senhora sentou-se ao meu lado, aguardando, como eu, o vendedor buscar as sandálias escolhidas.
Sem mais e sem menos, ela iniciou uma conversa e a cada palavra dela me remetia a observação de minha amiga.
- Tá calor? Num tá? Ou eu tô passando mal?
- Tá abafado, respondi. Parece que vai chover.
- Acho que vai mesmo, porque tô cum dor no "kókis".
- O quê?, perguntei-lhe.
Ao que ela respondeu:
- Todas as vezes , que vai chover, sinto uma dor profunda no "kókis".
Era um "kókis" tão contundente que eu pude até sentir a sua dor.
E detalhou:
- É uma dor tão profunda que eu nem posso sentar.
Para não parecer indiferente ao sofrimento dela, novamente perguntei-lhe:
- A senhora quebrou o cóccix?
- Não!!!!!! Mas ele dói muito. É coluna. Alguém me disse que é coluna. E quando vai chover,minha filha, dói uma dor fininha, que você nem imagina.
E detalhou-me a dor, nos seus MÍNIMOS detalhes.
- A senhora foi ao médico?
- Já, há muitos anos atrás.
Para saír do assunto, eu perguntei-lhe:
- Quantos anos a senhora tem?
E ela, novamente, devolveu-me uma outra pergunta:
- Olha bem pra mim. Quantos anos você acha que eu tenho?
Para não errar, dei um palpite bem abaixo:
- Uns!!!!!! Cinqüenta e cinco.
- Nossa, eu pareço ter isso.
Apesar da minha falta de sinceradade, naquele momento e ela realmente não parecer a idade que tinha, respondi:
- Claro!!!!
- Minha filha! Tenho sessenta e oito anos, bem sofridos e bem vividos.
E continuou o comentário, agora sussurrando em meus ouvidos
- Apesar da dor do "kókis" espetando lá no fundo, eu tenho um namorado de trinta e oito anos e olha, o meu caldo é um dos melhores.
Eu comecei a rir e, graças a Deus, chegou a vendedora que estava me atendendo, interrompendo o assunto.