O Rio
Esperaria que isso acontecesse com alguém mais: na grande maioria das vezes quando compro um CD de um artista, dos bons, nem todas as músicas agradam igualmente. Duas ou tres delas me soam inicialmente como um equívoco, gentileza com algum compositor iniciante, quem sabe uma provocação (o Caetano Veloso faz isso direto, acho que pra testar a paciência e fidelidade de seus admiradores) ...
Depois, passado algum tempo, por pura insistência os meus ouvidos nada privilegiados acabam por “acostumar-se” àquelas músicas e torna-se o CD uma unanimidade. Dá prá por no “shuffle” e esquecer, mas algumas vezes demora.
O Sr. Millor Fernandes decretou certa vez : “se toda regra tem exceção, deve haver uma regra sem exceção por aí”. A minha é essa moça.
Mas antes de falar dela: vocês já ouviram um rouxinol? Aqueles que pontilham (será que ainda?) as estórias de fadas, crianças e princesas. Um pássaro de canto tão maravilhoso que tinha o dom de encantar, curar feridas, calar os tiranos e maldosos de plantão, chover de baixo prá cima, fazer o São Paulo cair prá 2ª. Divisão no lugar do Ipatinga... Principalmente, continha uma nota miraculosa qualquer que secava lágrimas e transformava choros em finais felizes. Vocês já ouviram um rouxinol? Eu também não.
Por isso, inventei o meu rouxinol particular. Qualquer coisa que ela cante é agradável de primeira. Não tem erro! Tem sim o dom de tornar obra-prima qualquer música. Ourives, converte em jóia qualquer metal precioso que recebe ou lapida uma pedra bruta até se tornar um diamante : Marisa Monte.
De vez em quando, até compõe, como essa pérola disfarçada em canção de ninar:
Ouve o barulho do rio, meu filho
Deixa esse som te embalar
As folhas que caem no rio, meu filho
Terminam nas águas do mar
Quando amanhã por acaso faltar
Uma alegria no seu coração
Lembra do som dessas águas de lá
Faz desse rio a sua oração
Lembra, meu filho, passou, passará
Essa certeza, a ciência nos dá
Que vai chover quando o sol se cansar
Para que flores não faltem, jamais.
Pode ?
Esperaria que isso acontecesse com alguém mais: na grande maioria das vezes quando compro um CD de um artista, dos bons, nem todas as músicas agradam igualmente. Duas ou tres delas me soam inicialmente como um equívoco, gentileza com algum compositor iniciante, quem sabe uma provocação (o Caetano Veloso faz isso direto, acho que pra testar a paciência e fidelidade de seus admiradores) ...
Depois, passado algum tempo, por pura insistência os meus ouvidos nada privilegiados acabam por “acostumar-se” àquelas músicas e torna-se o CD uma unanimidade. Dá prá por no “shuffle” e esquecer, mas algumas vezes demora.
O Sr. Millor Fernandes decretou certa vez : “se toda regra tem exceção, deve haver uma regra sem exceção por aí”. A minha é essa moça.
Mas antes de falar dela: vocês já ouviram um rouxinol? Aqueles que pontilham (será que ainda?) as estórias de fadas, crianças e princesas. Um pássaro de canto tão maravilhoso que tinha o dom de encantar, curar feridas, calar os tiranos e maldosos de plantão, chover de baixo prá cima, fazer o São Paulo cair prá 2ª. Divisão no lugar do Ipatinga... Principalmente, continha uma nota miraculosa qualquer que secava lágrimas e transformava choros em finais felizes. Vocês já ouviram um rouxinol? Eu também não.
Por isso, inventei o meu rouxinol particular. Qualquer coisa que ela cante é agradável de primeira. Não tem erro! Tem sim o dom de tornar obra-prima qualquer música. Ourives, converte em jóia qualquer metal precioso que recebe ou lapida uma pedra bruta até se tornar um diamante : Marisa Monte.
De vez em quando, até compõe, como essa pérola disfarçada em canção de ninar:
Ouve o barulho do rio, meu filho
Deixa esse som te embalar
As folhas que caem no rio, meu filho
Terminam nas águas do mar
Quando amanhã por acaso faltar
Uma alegria no seu coração
Lembra do som dessas águas de lá
Faz desse rio a sua oração
Lembra, meu filho, passou, passará
Essa certeza, a ciência nos dá
Que vai chover quando o sol se cansar
Para que flores não faltem, jamais.
Pode ?