SEGURANÇA NOS DIAS ATUAIS

SEGURANÇA NOS DIAS ATUAIS

Um dos setores onde a população aponta suas flechas venenosas é o da segurança pública. Todos, sem distinção, ansiamos por um sistema que nos ampare nos defendam, mas será preciso criar uma associação benéfica e quiçá divina com a interação, a tranqüilidade, a harmonia, a paz social e o sossego. Nada mais justo para quem paga seus impostos e cumpre seus deveres de cidadão. A Polícia deve interagir com a sociedade e vice-versa. As pedras de tropeços estão imantadas na miséria, na pobreza, na falta de educação, nos vícios e no desemprego. As nuanças policiais têm o seu fim específico e devem ser respeitadas, no entanto, a recíproca deixa de ser verdadeira. O direito de analisar através de nossa inteligência e do bom senso, afirmando com veemência que existe algo de errado, e que a diretriz que norteia a paz e a segurança está desnivelada conseqüentemente direcionada para outro vetor é exeqüível é verdadeiro. As polícias são consideradas cicerones de qualquer país e uma atenção especial deve ser dispensada a elas.

O policial para não correr o risco da corrupção deve ter moradia condigna, salários justos, boa preparação moral e intelectual, assistência médica, religiosa e uma participação real na sociedade. O Brasil peca de maneira escandalosa, visto que a inversão de valores é muito grande. Esse veneno está presente em diversas classes de trabalhadores brasileiros. Nós somos povo. “É fácil aprender o que não se sabe; o difícil é aprender o que já se sabe”. A polícia sendo povo, o povo faz parte da Polícia. As necessidades de um policial são as mesmas de qualquer cidadão, visto que somos humanos e temos o direito e o dever de exercer a cidadania solidária. Por que as autoridades constituídas deste país pensam e agem ao contrário? Justamente pela falta da inserção no meio político da cidadania solidária. A maioria pensa somente em si e nada mais. A pirâmide social afina no ápice e engrossa no plano. Muita gente diz em alto em bom som: “– Eu quero ser feliz”. Na forma de viver, de agir, de ir e vir em segurança absoluta. Seria pedir demais?

Temos que incutir em nossas mentes que antes de sermos polícia, de sermos povo, somos pessoas que buscam relacionamentos procurando nossa identidade e uma maneira de conviver com o mundo, com um orbe cada vez maior, mais bonito, mais profundo, mais diversificado e quiçá pluralista. Vivenciar o presente e planejar o futuro cada vez melhor e aprazível nunca foi sonho. O que seria cidadania? Alguns diriam: a qualidade ou estado de cidadão. Muito vaga esta afirmação, pois teríamos que definir a sinonímia de cidadão. “A cidadania é exercer, de fato e de direito, direitos sociais, civis e políticos, com seus respectivos deveres, como sujeito da vida que se vive e da história, que se constrói. Uma indagação permeia esta definição: será que estes valores são cumpridos por todos? Um ponto crítico e negativo que deve se prioridade dos governos é o combate insistente a miséria e a pobreza.

Enquanto, essas chagas, esses cânceres dominarem o país, uma parcela bastante “forte” da população se envolverá no ciclo da violência, causando dissabores a outras camadas da população. Tirar a população da condição de pobreza e dá-lhes uma condição de vida melhor. Outro ponto negativo que dever ser combatido com rigor chama-se corrupção. Esta praga é praticada por pessoas influentes e poderosas que deveriam dar bom exemplo, mas na maioria das vezes agem como delinqüentes, meliantes, assaltantes, seqüestradores e deveriam puxar uma boa cadeia e pagar 10 vezes mais pela apropriação indébita. Lamentamos que a justiça - seja complacente com esses criminosos, e são eles que plantam a semente da insegurança e procuram por todos os meios enfraquecer as forças. Por diversas vezes pensamos que a justiça deixou de ser cega passando a agir de maneira inversa e controvertida. Sem combate a estas ervas daninha nunca sairemos do rol da violência, do crime de todos os matizes, das drogas, da corrupção, do seqüestro, da prostituição infantil, da comercialização do sexo, da jogatina, da lavagem de dinheiro, do tráfico e outras mazelas. Infelizmente.

Sem consciência e sem patriotismo o Brasil será sempre o país da perdição a continuação de Sodoma e Gomorra. Pedro Bezerra de Araújo com muita propriedade diz: “Ninguém muda seu relacionamento de repente, ninguém se forma de um dia para o outro. A influência do meu tipo de relacionamento vai ser marcada por mim? Não só, mas, sobretudo pela pessoa que está recebendo aquilo tipo de relacionamento. Que valor eu dou àquela vida e que valor dá a sua mãe? Será que essa sociedade pratica os valores que apregoa? Quais são os valores que pulsam dentro de você? Que tipo de valor será esse? Será mesmo valor ou uma antinomia? Porque ninguém muda ninguém? São muitas perguntas para excelentes respostas. Mas, enquanto convivermos com uma sociedade violenta onde o crime, o assassinato são coisas banais, jamais almejaremos ter uma polícia cidadão, visto que nos dias atuais a arma está à disposição de todos. As milícias se formam, o crime organizado domina o país e aí os senhores almejam uma polícia distribuindo flores? Pensem nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-ALOMERCE E AOUVIRCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 07/11/2008
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