JK
JUSCELINO KUBITSCHEK DE OLIVEIRA
Nelson Marzullo Tangerini
Juscelino Kubitschek de Oliveira, o presidente Bossa Nova, mais conhecido como JK, nasceu em Diamantina, Estado de Minas Gerais, no dia 12 de setembro de 1902.
Em 1921, Juscelino trabalhou como praticante de telegrafista, emprego esse que conseguiu através de um concurso realizado pelo antigo DCT, Departamento de Correios e Telégrafos.
No início da década de 1920, JK inicia seus estudos em Medicina, forma-se em 1927, e, desde então, passa a clinicar.
Visando aprimorar-se na profissão, o jovem médico viaja para a Europa, em 1930, fixando-se em Paris, onde se especializa em cirurgia.
De volta ao Brasil, é nomeado capitão médico na Força Policial de Minas Gerais.
Durante a revolução de 1932, Juscelino presta grandes serviços à nação, vindo a conhecer, então, Benedito Valadares, que o leva para a política.
É eleito deputado federal em 1934 e, três anos depois, volta à sua profissão de médico, devido à instituição do Estado Novo.
Com a posse de Benedito Valadares como governador do Estado de Minas Gerais, retorna à política; desta vez, como prefeito de Belo Horizonte, permanecendo no cargo até 1945.
No ano seguinte, JK participa das eleições como candidato pela Assembléia Nacional Constituinte.
Torna-se governador do Estado de Minas Gerais, em 1950, derrotando Gabriel Passos.
Durante seu governo, Juscelino criou a CEMIG (Centrais Elétricas de Minas Gerais) e a FERTISA (Fertilizantes S.A.), companhia de economia mista. Abre novas estradas de rodagem por toda Minas Gerais e constrói, também, cinco usinas para que aumentasse a produção de energia elétrica em seu estado.
Em 1955, já com grande popularidade, Juscelino elege-se, presidente da República, tomando posse em 31 de janeiro de 1956.
Durante seu mandato, realizou a transferência da Capital para o centro do país. Construiu ainda a estrada Belém-Brasília, lutou pela instalação e o progresso da indústria automobilística no Brasil, fazendo, também, obras imensas no setor hidroelétrico e prestigiou e incentivou a Petrobrás, permitindo, assim, que se criassem mais refinarias de petróleo no país.
Mas, sem dúvida, seu maior empreendimento foi a construção da nova capital da República, Brasília, em colaboração com o arquiteto Oscar Niemeyer.
Em 1961, Juscelino entregou o governo da República a Jânio Quadros. Não abandona a política e elege-se, então, senador pelo estado de Goiás.
A OEA (Organização dos Estados Americanos), nomeia-o, juntamente com o ex-presidente da Colômbia, Alberto Lleras Camargo, encarregado de estudar a aplicação do programa da Aliança para o Progresso.
Em 1964, seu mandato é cassado pela ditadura militar e seus direitos políticos são suspensos por dez anos.
O popular Juscelino conquistou facilmente o povo brasileiro, por conta de sua simpatia e imensa luta pelo progresso do país.
No dia 22 de agosto de 1976, Juscelino Kubitschek de Oliveira morre misteriosamente num acidente automobilístico na rodovia Presidente Dutra. Seu corpo é levado para Brasília, onde é sepultado, recebendo as honras de ex-presidente da República.
Emocionado, o povo canta nas ruas a sua música predileta: Peixe Vivo, reforçando seu refrão: “Como poderei viver sem a tua companhia?”.
Juscelino não escapou dos traços cubistas do caricaturista Nestor Tangerini. O jornal POLEGAR publica, neste número, um esboço de caricatura de JK jamais terminada e publicada. Ainda que seja uma “Caricatura inacabada”, ela serve como registro de um interessante trabalho e de uma época de sonhos.
Nelson Marzullo Tangerini, 53 anos, é escritor, jornalista, compositor, poeta, fotógrafo e professor de Língua Portuguesa e Literatura. É membro do Clube dos Escritores Piracicaba [ clube.escritores@uol.com.br ], onde ocupa a Cadeira 073 – Nestor Tangerini.
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