O QUE É AMOR?

Se fizermos essa pergunta num local onde estão reunidas várias pessoas, certamente que cada uma delas responderia de forma totalmente diferente, pois o amor é uma espécie de emoção que transborda como um pingo de água que cai do céu quando há chuva. Ou seja, a chuva traz com ela várias gotas que se unem e cada uma delas denota uma expressão de felicidade, simbolizando os vários tipos de amor que nutrimos em nossa existência.Assim, pode-se dizer que o amor é genérico a partir do momento em que o observamos e específico quando o sentimos.

Esta semana recebi um e-mail sobre um colóquio existente em uma sala de aula, quando uma professora se viu perquirida com uma pergunta inesperada de um aluno que lhe indagou: - Professora, o que é amor?. Evidente que a professora se viu um tanto quanto embaraçada com a pergunta, mas como a classe era constituída de pessoas em formação entre 09 a 10 anos, preferiu usar um metódo prático para que elas não mais se esquecessem do significado dessa palavra tão importante nas suas vidas.

Aconselhou a eles que saíssem no recreio pelo quintal da escola (que continha uma natureza abundante) e de lá cada um deles trouxesse um símbolo qualquer que para eles significasse algo que pudesse expressar amor.

Ao voltarem a professora indagou o que tinham trazido. O primeiro trazia às mãos uma bela flor...O segundo uma borboleta....O terceiro um filhote de passarinho...e assim as crianças foram trazendo pequenos exemplos que entendiam como uma expressão viva do significado do amor.

Apenas uma das crianças não trouxe nada. A professora indagou porque não tinha trazido nenhum objeto representativo do amor, ela respondeu que tinha visto a flor, mas como ela estava tão linda plantada sobre sua folhagem, não quis estragar aquela beleza natural. Disse também que tinha visto a borboleta, mas não quis apanhá-la para que ela não perdesse o rumo do seu vôo. Concluiu que também tinha visto o passarinho, mas que não quis incomodá-lo porque poderia perder-se de sua mãe, estragando o percurso natural de sua existência.

A professora vendo aquilo, não exitou em acrescentar que todos tinham uma boa noção de amor, mas enfatizou que esse dom que Deus deu a cada um ser humano, deve ser preservado dentro do nosso coração, por isso desnecessário que venhamos a tirar do lugar um outro ser vivo para poder simbolizá-lo como fonte de amor, porque existe dentro de nós a capacidade de assimilar sua figura através de nossa mente. Assim, o mais bonito amor é aquele que emana do nosso interior e não das coisas externas que o impulsionam. É certo que as coisas externas – como a natureza, por exemplo – serve para inspirar e remover nossos impulsos em torno de emoções que irrradiam daquela fonte de beleza, mas sem dúvida essas emoções são exclusivamente nossas, porque pode estar ao nosso lado uma outra pessoa e esta manter-se indiferente com a aquela beleza que nos irradia e que para ele não passa de uma coisa do cotidiano.

Costumo dizer que amor é estado de espírito. Contudo, para que tenhamos essa sensação de grandiosidade é preciso que tenhamos armazenado em nosso íntimo as noções básicas de comportamento que nos levem a esse estado de ânimo. Aquela pessoa que cultiva emoções negativas não encontrará facilmente o amor e nem a felicidade, porque no fundo reserva um elemento de restrição chamado consciência. Essa assertiva negativa impede o caminho da bondade e do descernimento para o alcance do amor pleno, incondicional, que transborda com lágrimas de felicidade.

Ter uma vida de humildade - embora cercado de atributos que lhe permitam ser uma autoridade em muitos assuntos – é uma garantia de amor, pois o reconhecimento das pessoas não se faz pela sua mensuração fria e racional, mas sim pela sua conduta diária como ser humano e como autoridade. É muito mais fácil a pessoa ser reconhecida pela sua simplicidade e modéstia, do que pela arrogância, já que este ranço da personalidade só atrai interesseiros que munipulam sua própria expectativa. É tão bom quando observamos que uma pessoa é elogiada pela sua competência, mas ela não se importa com isso, pois tem a consciência de que o mais importante é o que se faz não o que se vê ou que se ouve.

Assim, o amor é uma coisa tão grandiosa, que está impregnado em nossa alma e nos aproxima de Deus. Quem ama tem o coração frágil para as causas alheias. Quem ama outra pessoa e se entrega a ela de forma incondicional só tem uma vertente no pensamento, distribuir energia positiva em torno daquela pessoa para que ela também seja feliz, sempre buscando a reciprocidade dos interesses comuns, de tal forma que haja um complemento de aspirações para que se ajudem enquanto encontrarem forças para isso.

Machadinho
Enviado por Machadinho em 07/11/2008
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