ESCRITORES QUE SE TORNAM AMORES
ESCRITORES QUE SE TORNAM AMORES
Marília L. Paixão
São os que passam a fazer parte da vida da gente. São homens, são mulheres, são imberbes. São flores arrancadas e despidas de seus espinhos. São sóis que brilham mesmo depois que anoitece. São luas que derramam a noite nos deixando protegidos do perigo. Seus textos nos dão abrigo.
Escritores que se tornam amores não possuem sexo. Dizem sem medo o eu te amo por saberem que a linguagem do amor é a bem-vinda em todas as esquinas da vida. Então podemos amar as moças, os moços, as senhoras e os senhores escritores. Vivemos na era dos amores.
E ao acordarmos temos duas alternativas. Ou escrevemos com amor ou vamos ler nossos amores da escrita. Vamos com os olhos que amam ler o que há de novo na gavetinha do outro. E versos são escritos com beijos ou não. Crônicas são escritas com realidade e emoção. Passam a serem lidas com olhos de afeto, sobriedade e razão.
Procuramos pelos nossos amores assim que entramos em nossa nova sala de valores. Achamos fulana e sicrana que amamos ler, mas nos custa dizer? Achamos os beltranos dançando ao nosso redor e damos mãos. Fazemos uma corrente de títulos em postos sutis. Somos escritores de aparência e dignidade estabelecida. Damos a todos as boas – vindas. Procuramos escrever verdades de formas gentis.
Espera-se vida do que escreve com vida. Impossível não haver paixão! Leitor e escritor quando em catarse, sofre da empatia de nunca mais querer perder de vista aquela página... Aquele canto, aquele jeito de aconchegar-se tanto. É só por isso que nos amamos. É só por isso que nos deixamos amar. Na escrita formamos um lar onde amamos nossos leitores e favoritos escritores. Adoramos dizer bom dia! Bom dia amores da minha vida!