Amor é a fonte da vida II

Amar alguém, se entende que está havendo entre duas pessoas do sexo oposto, uma atração recíproca de amor e amizade motivado pela coincidência de sentimentos mútuos de afeição, carinho, prazer e alegria. Isso significa amor compartilhado.

Entretanto, possivelmente o amor verdadeiro na maioria dos casos, talvez não esteja presente no relacionamento, mas em compensação, certamente é um amor compartilhado por ambas as partes e que pode se estender por longo tempo. Nesse momento é o amor quem fala mais alto, tanto faz se ele é momentâneo, ou não, o que importa é amar até que uma das partes já não sinta mais nada pela outra. Se alguém ama uma pessoa, logicamente é porque ele é correspondido, haja vista que, o amor que emerge do coração de um e não correspondido, está fadado a morrer, pois amor só pode existir quando duas pessoas se amam. O amor compartilhado com alguém, na maioria das vezes se trata de amor momentâneo, isto porque o amor eterno é muito difícil existir, a não ser o amor paternal e maternal, pois entre o amor eterno e o amor momentâneo há uma grande diferença. Quando alguém está vivendo um relacionamento e em certo momento diz: “eu te amo”! se ele, ou ela não estiver apenas atrás de conquistas, e se a frase é pronunciada com sinceridade refletindo espontaneidade do seu coração, estará vivendo um amor momentâneo, mesmo que seja por tempo indeterminado; são ímpetos fluentes de um momento que poderão durar algum tempo, ou não.

Ao contrair núpcias, ou viver juntos, não traduz a realidade de um amor eterno podendo até ocorrer o inverso, aos poucos os sentimentos vão se apagando e o desgaste natural acaba por se transformar em amizade, isso quando há entre o casal uma convivência normal. É quando alguém pergunta: por que? A resposta é mais simples do que possa imaginar. Ora, a rotina do dia a dia, como a permanência juntos no dia a dia e o contato constante pela casa, ou assistindo constantemente as intimidades diárias do cônjuge transforma-se numa vida rotineira, podendo causar inegavelmente, um clima negativo entre o casal, desencadeando o desinteresse, ou apetite sexual. Com o tempo, o declínio de interesses motivado pela mesmice de todos os dias pode chegar-se no ponto de saturação do amor.

Pode ocorrer ainda que a rotina de vida a dois, geralmente acaba se saturando, e esgotando os interesses amorosos de um pelo outro, cuja situação se transforma em convivência conveniente, motivado por uma dependência conjugal.

O amor momentâneo é o que geralmente se vive, e não tem dia nem hora para deixar de amar. Por várias razões ocorre o resfriamento natural do amor, culpa de uma rotina constante entre o casal que, muitas vezes por teimosia, ao invez de se separarem para compartilhar seu amor com outra pessoa, permanecem juntos. Outros, devido a uma variedade de fatores alheios à sua vontade, não têm condições de se separarem e, continuam vivendo juntos; “sabe Deus como”.

Não obstante, mesmo sendo amor momentâneo, nada impede que esse amor dure por muito tempo, desde que ele seja sincero e recíproco.

Enquanto existir as chamas do amor no peito de quem ama, haverá vida e felicidade.

Não se deve confundir sexo com amor; sexo é conseqüência de um relacionamento independente de amor. Entretanto, quando o sexo surge em conseqüência de um amor puro, ele é simplesmente, maravilhoso e saudável.

Mas como tudo neste mundo é passageiro, o romance entre duas pessoas que se amam, também passa.

Há que se ressaltar que todos nós nascemos com o amor na alma! Ele é inato, é nosso! Mas a natureza é sábia, o amor só tem valor quando compartilhado com alguém que também nos queira amar e ser correspondida. É natural que isso aconteça, visto que todos vivemos em função de outra pessoa que amamos. Assim é também o amor, que é a fonte da vida. Mas atente para um detalhe: Não se pode amar sozinho. Para amar há necessidade de outro alguém que retribua o amor nas mesmas proporções. Um precisa do outro para amar e, ao terminar um relacionamento, há a necessidade de reiniciá-lo com outra pessoa, porque o amor não morre, ele permanece incólume no peito, ávido por ser compartilhado com alguém. Assim é a vida. É o amor que nos dá força para viver e amar. Fora dessa realidade é balela, ou mera ilusão.

Luiz Pádua
Enviado por Luiz Pádua em 06/11/2008
Reeditado em 17/11/2008
Código do texto: T1268647