POETICAMENTE PENSANDO

Vi o Sol que reluzia sob a minha janela, acordei para fitar aquele espetáculo e ao fundo adejei o esplendor da aurora, entreguei-me sem medo ao encanto que corria em minha face, na imensão do céu matinal fantasiei toda poesia, e quando dei-me em si estava invólucro pela brisa e sua nua maresia, suave eu flutuava como uma criança atrás do anjo guardião... Ensaiei uma gutural exclamação, porém preferi exteriorizar de outra forma com um singelo canto ao som do poemeto curto que acabará de selar naquele momento...

Não sei, mas sei somente que aquilo era exacerbada fome utópica, isto é uma massa de átomos quiméricos deixados em minha alma de poeta, ou melhor, tentei revelar-me por dentro, não achei nada e incorri para minha dócil aura e o que encontrei foi simplesmente este universo que nas pinceladas filosóficas ou nas margens logosóficas ermanam o plural turbilhão que transborda em minhas véias todo o assédio de um sonhar tam magmo que jaz sobre qualquer cetinoso lençol e estende-se até a esfera: Chamada Vigésima Reencarnação!

Pode ser ilusão, mas algo me diz que isso é perdida alucinação, pois não há sujeito que imagina e cria tanta fascinação!

Edemilson Reis
Enviado por Edemilson Reis em 22/03/2006
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