ONDE A FICÇÃO TERMINA...E A REALIDADE ALUCINA!
Ai...Basta! Até quando permitirei que meus olhos me enganem, enxergando a falsa luz no fim do túnel! Até quando lutarei contra o óbvio para impor os meus absurdos, contradizendo tudo em que acredito. Por que insistir em abrir meus braços no vazio, quando não encontro outros, abertos para me abraçarem, quando mais preciso!?
Estou cansada de colocar-me sempre em último lugar em minha escala de importância e prioridades. Viver de falsas ilusões até onde as feridas não se cicatrizem mais! Buscar a minha felicidade em outro antes de vê-la em mim mesma.
Não quero mais chorar sozinha e fazer de meu travesseiro e das longas reflexões nas noites mal dormidas, o meu último refúgio. Ou, caminhar, sem rumo até que meus pés sangrem, na exaustão do meu corpo fragilizado pelas dores da consciência.
As lutas contra a correnteza são injustas e perdidas batalhas. Os ideais tornam-se nulos na medida em que lutamos pelo nada. Pelas coisas impossíveis, não determinadas pelo fluxo natural da vida. Se lutar é uma forma de se chegar aos objetivos, então deverá ser uma luta justa, com causa e efeito. Caso contrário, não terá valido a pena.
Prefiro, antes que tudo se transforme em fracasso, tomar as medidas cabíveis para os momentos oportunos. Sair pela tangente, equivocadamente, não é a atitude correta que irá mostrar-me o caminho para a realidade. Enfrentar, isto sim, de peito aberto e cara lavada. Não permitirei que o medo da solidão perdure. Não canalizarei meus sentimentos em uma única direção – impossível retornar, depois!
Não posso deixar-me convencer pelo malogrado coração, que nunca soube, ao certo, o que queria. Nem mesmo soube escolher suas melhores opções. Melhor parar por aqui antes que o infeliz se equivoque mais uma vez!
Não vou cegar-me a ponto de ver uma única saída. Misturar três gotas de cicuta em champanhe francês e sorver, em taça de cristal para, ao menos, preparar a minha partida em gran-finale! Descobri que, apesar de tudo...eu me amo!