Fui assaltada, mão armada, crianças
Nossa Rosa de Hiroshima... Crianças
Hoje fui assaltada, dois pivetes. Levaram meu carro, a bolsa das duas mulheres que estavam comigo e a mochila da filha. No porta malas, duas coleções de livros que havíamos doado para a filha e uma coleção de revistas para a mãe. A garota chorou, perdeu os livros que nem recebeu.
Garotos, mão armada, não me recordo bem dos rostos, lembro que são garotos.
Lembrei do Pelé: Pensem nas nossas crianças.
Lembrei da rosa, de Hiroshima.
A nossa guerra é presente, somos vitimas e réus. Assim como os garotos, réus e vitimas. Nossas crianças.
A nossa Rosa de Hiroshima não é um momento, é o presente resultante do passado e será presente no futuro se apenas lavarmos as mãos.
Pensem nas crianças.