A DIALÉTICA DE GODARD
Amado. Odiado. Godard, metralhadora giratória em tempos de nulidades. Contra um cinema imperialista que re-conta histórias alheias conforme convém. A história é sempre contada sob a ótica de quem vence. A guerra. A invasão. Hollywood é um gigante e faz barulho. Mas Godard é maior que tudo isso. Com suas dissonâncias cinematográficas, enquadramentos não-óbvios e aforismos. Não escolhe lado, nem se engaja em discursos de fácil digestão. Sua dialética é clara: prefere rastros de dúvida ao invés de organizar certezas. Quanto mais o cinema se parece – entre si – mais Godard se distancia desse eixo. Amado. Odiado.
Discurso direto.
Wallace Puosso
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