A CENTÉSIMA CRÔNICA....

 

    Amigos e amigas, é inacreditável, mas finalmente consegui chegar até a centésima crônica. É bem verdade que desde onde consigo me lembrar sempre gostei de escrever algumas coisinhas, mas chegar ao ponto de publicá-las num site do porte do Recanto das Letras, pra mim sempre foi algo incrível.

    E pior, que dizer, melhor, ainda tem gente que lê e gosta do que escrevo. Nunca me levei a sério como escritor e principalmente como poeta. Está certo que às vezes a gente tem um ou outro tipo de inspiração ou mesmo motivação, mas isso não quer dizer que deva me considerar escritor.

   Desde criança sempre apreciei as leituras e meu grande ídolo foi e é até hoje MACHADO DE ASSIS. Se não estou enganado, devo ter lido todas as suas crônicas e contos e se hoje me atrevo a escrever textos que chamo de crônicas, muito devo ao nosso grande mestre e escritor.

   Já li muitos clássicos, de escritores nacionais e internacionais e para ser franco, excetuando-se Machado, não tenho outro ídolo, não querendo dizer com isso que não goste dos outros.

   Alguém poderia imaginar que já li Dostoiewsky ? Ou que consegui ler (e por duas vezes) Os Lusíadas (só não entendi tudo) de Luís de Camões ? E Miguel de Cervantes ? E Jean-Paul Sartre ?

    Hoje, tendo a facilidade de acesso a internet gosto de ler vários estilos, só evitando ler textos mais açucarados, exageradamente românticos. Não que eu tenha algo contra o romantismo, mas, nos dias de hoje, com a vida que levamos e por que não dizer, com as experiências que já tive, deixo o estilo romântico um pouco para segundo plano.

    Gosto de textos que instigam, aguçam , desafiam minha mente e inteligência. Tenho muita preferência por suspenses, embora sempre saiba e não tenha dúvida que no final da história, o herói sempre supera as situações mais difíceis. Agatha Christie que o diga.

    No Recanto das Letras tive o topete de publicar um pouco de tudo. Algumas coisas sérias, várias bobagens e incontáveis tolices. Falei de uma bermuda velha, meu óculos, passeios, quando fiquei perdido e desorientado num super-mercado, dei conselhos sobre presentes (imaginem !) para maridos chatos, consegui descobrir o nome do terceiro porquinho naquela história do Walt Disney, tentei escrever um conto erótico, relembrei algumas trapalhadas e conseguiu render homenagens a um barzinho que está marcado na minha conduta, na minha vida.

   Para uma pessoa como eu, que nem sempre consegue escrever a sério, chegar ao cúmulo de publicar cem crônicas, de fato não deixa de ser um grande marco (grande marco prá mim, claro !).

    Neste nosso Recanto tive a oportunidade de conhecer os verdadeiros escritores e escritoras, poetas e poetisas, enfim, incontáveis artistas das letras, super talentos e excelentes professoras e professores, com quem aprendo tanto.

    Prefiro não citá-los. Não porque não mereçam ser citados mas sim pelo risco de que possa cometer mais uma das minhas fantásticas trapalhadas, esquecendo um amigo ou amiga importante, erro que seria imperdoável.

    A verdade é que estou orgulhoso. Finalmente consegui atingir esta incrível (incrível para mim, claro!) marca. Será que consigo escrever outras tantas crônicas ? Sinceramente.... não sei. Deus é quem sabe.

   Às vezes me parece estar abusando da minha meia dúzia de leitores .Aliás, noutro dia recebi um e-mail indignado de um amigo do Recanto protestando pelo fato de que de vez em quando menciono que só tenho meia dúzia de leitores.

   Ele não gosta que eu fale dessa maneira. Na opinião dele, o que acontece quando cito que só tenho meia dúzia de leitores, na verdade, estou só fazendo charminho.

   Charminho ? Mas eu não sei fazer charminho e sinceramente, quando falo sobre isso é porque de fato só devo ter meia duzia de leitores pacientes e fiéis.

   Não é exagerada modéstia , mas penso que não devo ter tantos leitores assim. À propósito, uma das minhas pacientes e tolerantes leitoras também me mandou um e-mail sugerindo que eu escrevesse um livro. Melhor ainda, sugeriu que eu publicasse um livro com minhas trovas caipiras.

    Ora, as trovas caipiras, apesar de algumas vezes transmitirem mensagens sérias, não passam de uma homenagem brincalhona a um jeito gostoso de se falar, jeito esse que está profundamente arraigado na minha vida.

   Também numa dessas crônicas que publico relato o meu jeito caipira de ser bem como o porquê do meu gosto de escrever em caipirês.

    Enfim, para encerrar, como não quero perder aquele amigo, fica combinado que atendendo a pedidos e ameaças , passo a reconhecer que não tenho só meia dúzia de leitores. ….na verdade tenho , ou melhor, devo ter uns..... sete ou oito leitores.....fiéis e pacientes.

 

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(.....imagem google.....)

WRAMOS
Enviado por WRAMOS em 31/10/2008
Reeditado em 05/02/2013
Código do texto: T1259033
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