Primeiro Amor

Vivo assim: entre livros e palavras; entre a lucidez e o devaneio; entre a escrita e a gravura. Intensamente vivo apenas o amor.

Reúno minha família: eu, a Pri (minha esposa) e a Bia (minha filha), num gesto de amor partimos rumo a mais uma Feira do Livro de Porto Alegre. Uma paixão em comum, o amor que possuímos pelos livros. Ainda é o primeiro dia, encontramos com os amigos e somos convidados a participarmos de uma sessão de autógrafos, o João Cony (nosso amigo, filho do grande Bolívar) estará lançando o seu segundo livro no dia oito de novembro; mais adiante encontramos seu pai, o Bolívar, professor de história.

Comprei alguns livros de bolso, prontos para qualquer viagem, ajeitam-se na leitura no avião. Fiquei encantado com as obras do Dostoievsky e já fui logo comprando “Notas do Subsolo” (que já li algumas traduções como “Memórias do Subsolo”) e “Recordações da Casa dos Mortos”; também não poupei um guia de leitura, um outro sobre 12.000 verbos em português, e a psicanálise e seu envolvimento com a literatura.

Por fim, minha esposa, Priscila, não deixou por menos e foi logo adquirindo uma obra da língua inglesa, sua especialidade. Nesse primeiro dia de Feira encontramos alguns escritores famosos: o Luiz Antonio de Assis Brasil, que pensei ser mais alto (a TV engana) e o Ariano Suassuna. Mas preciso me acalmar, pois este foi apenas o primeiro dia. Ainda tem Ziraldo, Zuenir Ventura, Eduardo Galeano, Luiz Augusto Fischer, Gabriel O Pensador, Martha Medeiros, David Coimbra e muitos outros. Que combinação: o amor pela família e o amor pelos livros.

Sergio Santanna
Enviado por Sergio Santanna em 31/10/2008
Código do texto: T1258931
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