A BRUXA EM MIM!
Sempre me achei um pouco bruxa, não sei por que... Talvez pelo fato de conseguir, com certa facilidade, as coisas que quis. Ou será porque minhas ambições, sempre, não foram tão grandes assim? Na verdade, acho que não ligo muito para o fato de conviver com fracassos, pois eles são constantes em minha vida. Mas, estarei me contradizendo?
- Acho que sou o tipo que desiste fácilmente dos sonhos!
Quem me dera ter o poder das Bruxas – dos contos de Fadas – remexer meu caldeirão com todos os ingredientes da felicidade, apurar até tudo se transformar em pó, voar com minha vassoura até o topo da mais alta montanha e espalhá-lo pelo mundo! Mas eu tenho pavor de altura... Não sei se conseguirei subir até o alto!
- Será que poderia enviar por e-mail?
Meu computador vai voltar ao técnico – de onde nunca deveria ter saído – e só retornará de lá, dessa vez, todo formatado (o novo disco de memória, com maior capacidade, já está colocado. Será bom dar um tempo, este fim de semana nas teclas, esse bate-bate anda fazendo com que minha bursite piore a cada minuto.
- Pensei que havia passado!
É estranho como essas coisas pegam a gente de tal forma e nos tornam um pouco prisioneiros da modernidade, da era robotizada. Eu sempre fui assim – tarada por modernismos. Mesmo quando, em adolescência, com o pouco (ou quase nada) de conhecimento que possuía, tendo nascido e vivido até essa fase em um pequeno vilarejo do interior de Minas Gerais, a minha curiosidade ultrapassava os limites!
- Aos 14 anos eu li "Os crimes de Oscar Wilde", às escondidas.
Enquanto meus amigos, primos e irmãos se limitavam às poucas diversões que um lugar desse nos oferece, eu já me correspondia, por carta – naquela época nem se pensava em computadores – com pessoas em diversos lugares do mundo! É... ninguém me leu mal – do mundo, sim! Eu tinha correspondentes até na Finlândia, México, USA.
- Verdadeira loucura!
Todos achavam que eu era meio bruxa. Nunca tinha tido contato com outros idiomas e conseguia essa façanha! Nem me perguntem como, eu também não sei explicar.
- É... ninguém me tira da cabeça que eu devo ser meio bruxa, sim!
Então... Salve as Bruxas soltas por aí à procura de seus Bruxos! Salve-se quem puder!
SO, HAPPY HALLOWEEM!
- Pé de pato, Mangalô, três vezes! Sai Uruca! -