É melhor denunciar ao UNICEF
Sob o desleixo dos governantes, que se mostram coniventes com o ensino de má qualidade, no ano de 2007 os professores ativistas gritaram pela greve a favor da qualidade no ensino. Qualidade esta que depende um tripé; escola, família e a vontade do próprio aluno, o governo fica como pagador da conta, e se paga um baixo salário não é isto a causa um ensino de péssima qualidade, e péssimos exemplos que rodam a escola. O exemplo da preguiça sim, por exemplo, o que acompanha um bom número de professores. Até uns bem assalariados!
Ouço os professores dizerem que não têm mais motivação pelo comportamento da comunidade, refletido em sala de aula pelos alunos cada vez mais rebeldes. Mas quase nada estão fazendo, além de esporádicas reuniões, onde a quase totalidade do que é ali discutido cai no esquecimento. Uma das queixas que eu, pai de aluno, faço é quanto às faltas constantes de professores que não comparecem as aulas: porque viajam, porque estão na faculdade, porque estão cansados, porque estão com dor de barriga. O governo para o mês inteiro, e não pergunta por que faltam tanto?
A educação volta à discussão no cenário nacional quando pais, que assim como os professores ganham mal, ficam inadimplentes em escolas particulares, muitas delas iguais aos médicos que não querem saber se o paciente pode pagar, quer receber altos valores cobrados, e se não morrer vai para o SPC. E todos sabem que a “Educação é Dever do Estado”, e direito de todos, e como nem todos têm como pagar uma escola particular. O estado deve por isso ter uma boa escola com carga horária regular, sem tantas faltas com fracas justificativas. Uma escola pelo menos boa!
Se em 2007 houve uma greve longa, que comprometeu a grade escolar, deixando a recuperar neste ano, então deveriam os professores manter um esforço de ministrar aulas com mais dedicação e menos falta. O “Dia do Professor” era uma oportunidade para os professores e professoras terem dado um exemplo, e em sala recuperarem os tantos dias perdidos, e que se acumulam. Como pai de aluna de colégio estadual da Bahia, que não teve duas aulas em um dia, já acumulando na mesma semana com falta de aula dois dias antes, protestei e vou denunciar.
Um lamento dos diretores, que sempre ouço, é que a escola não é a mesma de tempos passados, no que concordo. No passado quando faltava professor o diretor da unidade ia para a sala de aula, ou quando não pudesse distribuíam o aluno por salas com professores de outras turmas equivalentes ou de desenvolvimento próximos Ocupavam os alunos com alguma outra matéria, e ainda não se falava em ensino transversal. Por que não ensinarem sobre cidadania nas aulas que faltem um professor. E aproveitando que aprendam também!
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Seu Pedro é o jornalista Pedro Diedrichs, editor do jornal Vanguarda, de Guanambi – Bahia, e é pai de aluna em colégio público, pois o particular além de caro, faz com que o estado fuja de suas obrigações. Um dia reclama e denuncia diretamente aos organismos internacionais, uma vez que reclamar junto as Diretorias de Ensino, em nosso país, parece ser o mesmo que entrar em um ouvido que parece atento, nas não é, e sair na descarga de um vaso sanitário. Falam que nós pais somos chatos; e devemos ser!