AINDA SOBRE VIAGENS... *
Certo dia uma amiga, me falou sobre promessas. E começamos a brincar sobre palavras que tiveram, ou tinham, pra nós, significados de promessas... A primeira dela foi: casamento; a primeira minha foi universidade... A segunda dela foi: filhos; a segunda minha foi, paixões... Até que em uma de minhas vezes, eu disse: Viagem. E o resto se fez silêncio... Um silêncio inquiridor... Ela não se conteve e disse:
_Viagem?
E eu respondi:
_ Sim. Por esta promessa vivi uma vida inteira, e minha vida teve muito sentido enquanto nela acreditei. E acreditei por um longo tempo... Por esta promessa eu nada vi, nada escutei, tudo esqueci e nela me refugiei... Esta promessa recebi de meu amor...
E continuei no devaneio conjunto...
_Iríamos viajar o mundo inteiro em grandes transatlânticos, de muitos andares, tão grandes que precisaríamos de pequenos veículos automotores para conhecer tudo aquilo... Iríamos a bailes e ele seria meu único par... Dançaríamos muito, brincaríamos, sem nos preocuparmos com tarefas, porque este tempo já teria passado e nosso agora, seria só desfrutarmos a companhia um do outro. Nada mais de viagens solitárias e medrosas...
Então minha amiga perguntou, este tempo chegou?
E eu respondi, sorumbática:
_Não... Quero dizer, sim..
E minha amiga:
_Sim como? Chegou ou não chegou?
E continuei:
_Bem... Chegar, chegou... Mas a promessa foi esquecida...
_Sim, respondeu minha amiga...
_Ele esqueceu, mas você o lembrou, não foi?
E eu sombria e firme...
_ Não...
E minha amiga:
_Não o quê? Se esta espera levou uma vida?
E eu já querendo sair do jogo:
_ Era só uma promessa, acreditei porque quis...
Ibernise
Indiara (GO), 28.10.2008.
Inédito!
*Núcleo Temático Romântico
Direitos autorais reservados/Lei n. 9.610 de 1998.
Certo dia uma amiga, me falou sobre promessas. E começamos a brincar sobre palavras que tiveram, ou tinham, pra nós, significados de promessas... A primeira dela foi: casamento; a primeira minha foi universidade... A segunda dela foi: filhos; a segunda minha foi, paixões... Até que em uma de minhas vezes, eu disse: Viagem. E o resto se fez silêncio... Um silêncio inquiridor... Ela não se conteve e disse:
_Viagem?
E eu respondi:
_ Sim. Por esta promessa vivi uma vida inteira, e minha vida teve muito sentido enquanto nela acreditei. E acreditei por um longo tempo... Por esta promessa eu nada vi, nada escutei, tudo esqueci e nela me refugiei... Esta promessa recebi de meu amor...
E continuei no devaneio conjunto...
_Iríamos viajar o mundo inteiro em grandes transatlânticos, de muitos andares, tão grandes que precisaríamos de pequenos veículos automotores para conhecer tudo aquilo... Iríamos a bailes e ele seria meu único par... Dançaríamos muito, brincaríamos, sem nos preocuparmos com tarefas, porque este tempo já teria passado e nosso agora, seria só desfrutarmos a companhia um do outro. Nada mais de viagens solitárias e medrosas...
Então minha amiga perguntou, este tempo chegou?
E eu respondi, sorumbática:
_Não... Quero dizer, sim..
E minha amiga:
_Sim como? Chegou ou não chegou?
E continuei:
_Bem... Chegar, chegou... Mas a promessa foi esquecida...
_Sim, respondeu minha amiga...
_Ele esqueceu, mas você o lembrou, não foi?
E eu sombria e firme...
_ Não...
E minha amiga:
_Não o quê? Se esta espera levou uma vida?
E eu já querendo sair do jogo:
_ Era só uma promessa, acreditei porque quis...
Ibernise
Indiara (GO), 28.10.2008.
Inédito!
*Núcleo Temático Romântico
Direitos autorais reservados/Lei n. 9.610 de 1998.