Sociedade Viciada
Agora sei, já que estou a pensar, em casa, de chinelos e bermuda, como fui submisso a tua forma de poder. Sinceramente, poucas vezes fui tão castigado, e fatigado por tua insensata autoridade. Ensinou-me a conviver, com tantos que nem me lembro, sensacionais, outros não merecedores do ar que respira. Mas isso pouco importa, pois também contribuí para tua forma, tua organização, teu senso democrático de ser.
Deveria ter pensado em mim! Quero eu, nesta tarde ensolarada, em que transcrevo, que à poucos minutos o céu, se tomará por estrelas, me rebelar, se for preciso gritar, ao infinito, lançar-me e persuadir aos outros tolos, como eu, a mudar.
Sociedade mundana. Viciada, viciosa. Não te quero mais. Tenho ganância em te transformar, para daí sim, poder, eu, meu pobre ser, te amar.