E QUEM SOU EU PRA DUVIDAR...?
Outro dia eu li: cidadã carioca – sem antecedentes criminais – foi surrada pelo segurança do supermercado em seguida presa e processada nos rigores da lei. O motivo: foi flagrada tentando levar sem pagar, uma lata de leite. Com a cidadã meliante, uma criança de colo, que choramingava de fome.
Coisas deste mundo. “Mundo mundo vasto mundo / se eu me chamasse Raimundo / seria uma rima, não seria uma solução”
Sobre o caso da cidadã carioca fico imaginando em quais faces subiria o rubor se, com a cobertura da TV Globo (ou Record?), surgisse na porta da cadeia a figura do padre Antônio Vieira e proferisse um sermão desta natureza:
“O ladrão que furta para comer, não vai nem leva ao inferno; os que eu falo, são outros ladrões de maior calibre e de mais alta esfera; os quais debaixo do mesmo nome e do mesmo procedimento, distingue muito bem São Basílio Magno. Não só ladrões , diz o santo, os que cortam bolsas, espreitam os que se vão banhar para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões ou o Governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem estes roubam cidades e reinos; os outros, se furtam são enforcados, estes furtam e enforcam”.
Ruborizei? Mas como !? Se nunca roubei nem enforquei? Sou apenas uma testemunha passiva dos fatos? Sei não... Se culpa tenho vou fazer penitência rumarei à aldeia de Shingo no Japão, e no dia 3 de maio do ano quem vem, celebrar a “Festividade de Cristo”, pois foi nessa localidade que Jesus – que foi casado com uma moça chamada Miyko, com quem teve três filhas – morreu aos 106 anos.
À guisa de esclarecimento, aquele moço que foi crucificado em Jerusalém, chamava-se Isukiri e era irmão de Jesus. Quem fez tal descoberta? O sacerdote xintoísta Koma Takeuchi, em 1935.
E quem sou eu pra duvidar...?