MAUAD E O MOTORISTA

Exemplificando como o sono é importante para o organismo e como serviço noturno pode ser perigoso, nosso professor discorreu sobre uma situação pela qual passou, anos atrás.

Como advogado, viaja muito.

Certa feita, em uma viagem ao Rio de Janeiro, percorria a ponte Rio-Niterói.

É linda!

Entretanto, longa e reta.

Viajava em ônibus noturno e estava estrategicamente posicionado.

Olhando, distraidamente, para o espelho, verifica que o motorista piscou.

Mostra-se atento.

Pisca o motorista, novamente.

Fica alerta.

Na terceira vez, não titubeou.

Dirigiu-se à cabine e começou a entabular uma conversa com o condutor do veículo.

Perguntas vãs, sem propósito por uma resposta.

O motorista, de certo, pensou: quem é esse chato?

O chato era um passageiro certo de que um nada seria preciso para que o veículo despencasse ponte abaixo.

Que não se incomodaria com o epíteto de chato, contanto que chegasse, incólume, ao outro lado da ponte.

O relógio biológico, comum aos animais, data de três milhões de anos.

Vem somatizando ao nosso DNA. O fenômeno da luz elétrica é recente, de pouco mais de um século. O dia foi feito para o trabalho e a noite, para o descanso. A luta contra o sono é uma luta ingrata.

Por tudo isso, o legislador entendeu que este trabalhador devesse ter uma jornada menor, e uma compensação financeira.

É certo que existem pessoas que conseguem funcionar bem à noite. São os chamados notívagos. Estudos reconhecem isso em mais ou menos dez por cento da população.

Brigar com a natureza pode trazer sérios riscos. À nossa saúde e à segurança nossa e de terceiros.

Daí, não custa nada observar pelo retrovisor e ser o próximo chato.

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