BOTAS ATÔMICAS

BOTAS ATÓMICAS

Estava eu uma vez, como de costume, na mesa do meu terraço fazendo umas cópias de filmes enquanto ouvia música e teclava no msn com a Angelina de Florianópolis.

Nisso toca a campainha e fui ver quem era. Meu amigo Jeff tinha vindo me fazer uma visita. Ele me olhou com uma cara de horrorizado e comecei a rir. É que eu estava com o nariz vermelho, de moletom, gorro e cachecol em plena noite de 29°, que pra mim é quente.

-Só faltam os esquis. Ah! Não. O boneco de neve. Isso. Porque olha como neva lá fora menina!!! Disse ele gesticulando a cena.

Olhei pra cara dele, como aquele emotion do msn que tem cara de emburrado (¬¬) e retruquei:

-Pois é. Eu estava esperando as renas do papai Noel passar aqui para eu ir cavalgando para o pólo norte.

Rolou uma pausa.

Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Não teve graça, eu sei. Sou péssima em fazer piadas.

Ok.

Sentamos ao pc para eu mostrar a ele umas coisas que havia escrito quando de repente ouço um zunido de arrepiar MEUS cabelos (bem, os meus arrepiam mesmo) e vi aquela cigarra preta, gorda e feia. Ela voava como louca, batendo-se na lâmpada e correndo por entre as roupas que ainda estavam no varal.

Isso foi em segundos e eu como tenho pavor a insetos voadores arrumei um desespero com medo de ela entrar no meu quarto que estava com a porta aberta.

-Mata! Mata! Mataaaaaaaaaaaaa! Gritei rouca já empurrando o Jeff da cadeira. Você é homem, então você mata.

Mas ela fazia hora com ele, dibrando-o como se estivessem brincando de pique e pega.

-Ah! Então pelo menos fecha a porta pra mim. Aff. Se ela entra, não consigo mais encontra-la.

Ele fechou e a desgraçada sumiu.

Logo ele se foi e voltei a conversar com minha amiga contando do episódio. Ela riu horrores como sempre, mas tudo bem.

Desci para fazer um chá e quando voltei, a danada estava encima da mesa. Parecia gente me encarando, tipo essas mães brava esperando o filho chegar com um porrete nas mãos.

Como se fosse adiantar alguma coisa, corri para o pc e gritei a Angelina.

-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA. A bruxa voltou. Vou ter que pegar uma vassoura.

-KKKKKKKKKKKKKKKKKK Relaxa boba. Agora ela vai cantar até soltar a casca.

Que casca? Pensei. (E nem era hora de pensar em nada)

-Obrigada pela parte que me toca. (fiz aquela cara de mula veia do emotion novamente)

Bateu-me uma raiva da bicha que peguei a vassoura e já fui logo atacando, mas eu meia lerda devido a gripe, ela sempre me escapava, imbatível.

(Ecooooooooooo! Ela pousou na minha blusinha favorita)

Dei um safanão nela que a coitada caiu de barriga para cima e zonza dei-lhe uma vassourada e nada. “Vou trocar de lado” Pensei. Fui batendo com a ponta do cabo e nada da cigarra morrer. Rodopiava feito estrume voador (vige, isso existe? Kkkkkkk)

Aff. Quebrei a vassoura.

Olhei para a butina que eu estava usando com aquela cara de repulsa e “SPLECK”. Pisei nela. Ainn ~~~*

Por sorte, tinha alguém pronta para esquiar, não é? Salva pelas blaster, hiper, ultra bota atômica. /o///

Gabriella Gilmore
Enviado por Gabriella Gilmore em 23/10/2008
Reeditado em 04/01/2011
Código do texto: T1243880
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