Eloá
Sentada diante da TV, entrou uma notícia de última hora: um rapaz que fora namorado de uma moça chamada Eloá, havia entrado em seu apartamento e feito dela e mais amigos, reféns. Párei e fiquei esperando mais alguma coisa e ...nada!!!
Dali a mais 100 horas, a TV e o rádio só falaram nisso...que havia por trás daquele episódio que me chamava tanto a atenção? Descobri no segundo dia: Eloá é da idade de minha filha!!! "Meu Deus poderia ser ela na mira daquele revolver...Meu Deus, teria eu feito algo ou deixado de fazer por minha filha? Meu Deus, o que o pai de Eloá deixou de fazer,de dar a ela? E o rapaz, agora, ao final de 5 dias, apontado e réu confesso...22 anos...um rapaz...duas crinaças!!!"
Ao me deparar com a idade de Eloá, comecei a ficar incomodada com aquilo tudo. Como pais e educadores, que estamos deixando à margem? Porque nossos adolescentes estão tão rebeldes e sem causas aparentes? Será que estamos dando atenção a eles? Falamos com nossos filhos ou só levamos ao colégio, deixamos na mão de empregadas e babás e depois queremos que eles sejam "nosso reflexo" de vida!
Ao me voltar pra o rapaz, vejo: "quero ficar só"...me dá uma pena dele!!! Que sofrimento ele estava passando? O que o levou, realmente, a matar a mulher que amava e atirar na amiga? Que tipo de relacionamento ele tinha em casa? Era ouvido? Amado?
Não escrevo pra tentar justificar nada,mas abrir uma pequena reflexão entre pais e educadores que tenham seus "rebeldes" em casa, também! "Até que ponto meu filho chegaria por um amor não correspondido?" Será que, DE VERDADE, sabemos esta resposta? "Meu filho anda com pessoas, REALMENTE,legais?" Eu os conheço? Converso com eles? Onde moram? Têm pais? Onde estudam?
Parece que do modo deles, as técnicas de nossos avós e pais eram mais eficientes nisto. Hoje, abordar certos assuntos em casa ou em sala de aula, nos dar a impressão que o menino ou aluno, vai nos processar, nos bater e mandar pra fora do recinto!
Na época de meus avós, se usavam palmatórias, e meu pai ao olhar pra minha avó já sabia se merecia ou não, palmadas ao chegar em casa...será que não deveríamos ter mais "palmatórias" morais em casa?
Dizer "não" está difícil pra você? Então, vamos conversar ,e muito, com eles, para que não se transformem em Eloás, perdidas e caindo em armadilhas de adultos, no corpo de meninas.