Navegar

Somos nosso próprio navio! O mar está aí, imenso, às vezes sereno, às vezes tumultuado, mas está aí. Fazer o quê? Içar as velas e navegar! E como navegar? Como preparar meu barco, meu precioso barco para navegar nesse mar azul, ou será cinza? Meu mar, ah, meu mar! Imenso mar!

Preparo, desde a base, o casco forte, firme, com madeiras de lei para agüentar todas as tormentas, calmarias, o que vier. Mas tenho que preparar meu barco. O vento vem, é uma chance, uma oportunidade, uma forma de me levar adiante, de conquistar novos mundos, descobrir novas terras, navegar outros mares.

Ah, meu mar! Minha família, meus amigos, meus desejos, meu vento! Minhas velas içadas me levam adiante, estimuladas pela força desse vento. O estudo me preparou, a família incentivou, os amigos ampararam, meu vento!

Eu sou meu navio, navego nesse mar imenso, às vezes calmo, às vezes turbulento.

Piratas? São muitos os que aparecem. Parecem querer desviar-me do destino. Saqueiam nossos sonhos. Só deixo se quiser. Quem escolhe meu destino? O vento? As velas? Os piratas? Não! Eu, meu barco, a estrutura que preparei para sustentá-lo.

Queria falar a todos, queria mostrar a todos como é importante navegar preparado, aproveitando cada oportunidade que nos aparece, o vento! Mas, para isso, é preciso estar equipado, barco forte, forte base, estrutura inigualável para sustentar a vontade de seguir adiante, passar por todos os percalços e alcançar o porto desejado.

Não há vento que ajude se não se sabe a que porto se quer chegar.

Meu destino, meus desejos me orientam ao porto que pretendo alcançar. Mantenho minha visão ao porto. Quero chegar àquele porto, àquele que sempre almejei, sempre quis isso, para mim, sempre. E sempre preparei meu barco para que isso acontecesse.

Meu mar, ah, meu mar, imenso mar! Minha vida, eu navego com meu barco preparado para atingir meu horizonte, meu porto, aquele que escolhi para chegar.