O que importa?
Estava eu, indo para o trabalho como de costume, quando observei que caminhando ao meu lado estava um garoto, notei que tinha uma arma na cintura, não só pelo volume, mas por estar à mostra, já que ele nem se preocupava em esconder. Parei depressa em um ponto de ônibus – estarei eu com medo de um garoto tão franzino? Aquela arma não seria de brinquedo, pensei.
Continuei observando-o sem que me notasse. Tenso, com um ar de alerta, olhava incessantemente para algum lugar. Seu rosto era de um garoto com mais ou menos quatorze anos. Era tão jovem que me comovi. Podia ser meu filho, talvez até meu neto! O que faria com aquele revolver na cintura? Mataria alguém ou só iria assaltar? Porque estava me importando? Para mim, para você e para toda sociedade ele seria mais um excluído, já que vivemos em um país que continua enfrentando grandes crises: econômica, de cidadania, de justiça, de falta de ética, de corrupção, de violência, de desemprego, de falta de sonhos... E diante de tantos problemas estar aqui me preocupando com um garoto qualquer, inconseqüente, Prá que?... Um garoto “que errava pelas ruas da cidade sem clareza de quem era e do que queria...”
Tentei imaginar se ele fosse meu filho, porém logo lembrei que naquele momento o meu filho estava na faculdade. Será que ele também estuda ou estudou? Talvez em uma escola pública aquela, que deveria ser um ambiente privilegiado de aprendizagem, um local de transformação , dando oportunidade ao indivíduo de conhecer-se e ser protagonista da sua própria história, transformando-a, e que possa exercer plenamente a sua cidadania, uma escola inovadora que rompa com o óbvio e seja realmente de qualidade . Invés disso, encontramos escolas recheadas de alunos e desmotivados, de professores mal pagos, sobrecarregados por uma carga de trabalho para que possam viver dignamente, se realmente tivéssemos uma educação de qualidade, que realmente formasse cidadão consciente dos seus direitos e deveres e se vivêssemos em um país mais educado, menos pessoas seriam assaltadas, menos jovens drogados e marginais nas ruas, menos traficantes, menos jovens ricos se matando nos pegas ou vendendo drogas nas escolas, faculdades e nos condomínios de luxo.
Correria, pânico, ouve-se um estampido, nem quis virar para trás, subi no ônibus em direção ao meu trabalho, com uma sensação de impotência e uma angustia tomou conta de mim. O que importa a mim, a você, a nós? O que importa!!!!
Estava eu, indo para o trabalho como de costume, quando observei que caminhando ao meu lado estava um garoto, notei que tinha uma arma na cintura, não só pelo volume, mas por estar à mostra, já que ele nem se preocupava em esconder. Parei depressa em um ponto de ônibus – estarei eu com medo de um garoto tão franzino? Aquela arma não seria de brinquedo, pensei.
Continuei observando-o sem que me notasse. Tenso, com um ar de alerta, olhava incessantemente para algum lugar. Seu rosto era de um garoto com mais ou menos quatorze anos. Era tão jovem que me comovi. Podia ser meu filho, talvez até meu neto! O que faria com aquele revolver na cintura? Mataria alguém ou só iria assaltar? Porque estava me importando? Para mim, para você e para toda sociedade ele seria mais um excluído, já que vivemos em um país que continua enfrentando grandes crises: econômica, de cidadania, de justiça, de falta de ética, de corrupção, de violência, de desemprego, de falta de sonhos... E diante de tantos problemas estar aqui me preocupando com um garoto qualquer, inconseqüente, Prá que?... Um garoto “que errava pelas ruas da cidade sem clareza de quem era e do que queria...”
Tentei imaginar se ele fosse meu filho, porém logo lembrei que naquele momento o meu filho estava na faculdade. Será que ele também estuda ou estudou? Talvez em uma escola pública aquela, que deveria ser um ambiente privilegiado de aprendizagem, um local de transformação , dando oportunidade ao indivíduo de conhecer-se e ser protagonista da sua própria história, transformando-a, e que possa exercer plenamente a sua cidadania, uma escola inovadora que rompa com o óbvio e seja realmente de qualidade . Invés disso, encontramos escolas recheadas de alunos e desmotivados, de professores mal pagos, sobrecarregados por uma carga de trabalho para que possam viver dignamente, se realmente tivéssemos uma educação de qualidade, que realmente formasse cidadão consciente dos seus direitos e deveres e se vivêssemos em um país mais educado, menos pessoas seriam assaltadas, menos jovens drogados e marginais nas ruas, menos traficantes, menos jovens ricos se matando nos pegas ou vendendo drogas nas escolas, faculdades e nos condomínios de luxo.
Correria, pânico, ouve-se um estampido, nem quis virar para trás, subi no ônibus em direção ao meu trabalho, com uma sensação de impotência e uma angustia tomou conta de mim. O que importa a mim, a você, a nós? O que importa!!!!