Reflexão em Homenagem ao Dia do Professor
OS HOMENS ESTÃO SE ANIMALIZANDO OU OS ANIMAIS SE HUMANIZANDO?
É impossível não partilhar com você que me lê nesse momento, as experiências que tenho vivido a cerca da vida social moderna. Cada vez mais, dou-me conta de que o ser humano está em franco processo de regressão cultural, intelectual e social. Por outro lado, tenho percebido que os animais têm aguçado o seu processo de evolução doméstica e instintiva, passando a se aproximar muito dos comportamentos que deveriam ser típicos dos seres humanos.
Na verdade, a dúvida que me aflige é se os homens estão se animalizando ou se os animais se humanizando? Parece loucura ou devaneio de minha parte? No começo também pensei que o fosse. Porém, faço uso de dois exemplos básicos para defender e ilustrar a minha conturbada tese: O fato é que, pouco a pouco, dia a dia, homens, mulheres, crianças, idosos, mas em especial, os jovens, assemelham os seus comportamentos aos dos animais, adotando o instinto como norte para as suas ações.
As músicas, por exemplo, incutem na sociedade toda sorte de bichos: cachorras, vacas, gatinhas, galinhas, bois, piranhas, eguinhas e toda uma bestificante biodiversidade. As festas e os encontros sociais nos remetem aos primórdios tempos das cavernas, tamanha descortesia, grosseria e baixaria que imperam nos ambientes. É justamente aí que os “bichos” pegam e se alastram!
Por fim, outro dia, deparei-me com um dócil periquito australiano. Ele assoviava, curiosa e civilizadamente, trechos do Hino Nacional Brasileiro. Gargalhava e cumprimentava as pessoas, como se humano fosse. São dois opostos que ilustram e inflamam minha reflexão: os animais estão se humanizando ou os homens se animalizando?