Amar é ser feliz!
Às vezes circulamos em torno de um ponto inexistente, um abismo talvez - simplesmente para entendermos o óbvio- amar é ser feliz.
Nunca é tarde. Aprendemos batendo a cabeça por tanto tempo , cometendo erros , repetindo esses mesmos erros, nos conformando com o pequeno ou com um resto de atenção , empurrando não com a barriga, mas com estômago.
Quanto tempo perdemos durante uma vida que já é curta o suficiente para enfrentarmos o inevitável, com pessoas que não nos fazem bem?
Sentimentos que vão e não voltam. E uma energia jogada fora.
Quem se compromete com a infelicidade na crença de que um dia, num milagre, tudo muda, o outro muda, não pode ter ou despertar amor, simplesmente porque a capacidade de conquistar segue uma linha invisível por onde se equilibram nossas fraquezas e expectativas. E ao contrário de nos tornarmos admiráveis, desejados, queridos- nos tornamos o avesso da escolha - cobradores, fracos, dependentes, carentes, inseguros, egoístas - Uma solidão buscando desesperadamente abrigo, e encontrando ninguém ou nada.
A caminhada- é preciso entendê-la. Em que ponto deixamos nos aprisionar pelo vazio de um relacionamento ?Que espécie de desespero é esse capaz de permitir que alguém leve um pedaço da gente todos os dias? Porque demoramos tanto para aceitar esse” não fomos feitos um para o outro” enquanto um outro ( outro ) nos espera por aí num mundo repleto de possibilidades e amores reais?
Não pode ser o amor - São nossas fantasias e projeções reveladas numa ansiedade sem freios ou nas respostas que jamais chegarão. A falta de um valor maior por si mesmo .
E os silêncios que a gente confunde com um tempo apenas ou com uma esperança que embala o dia - a - dia, são na verdade os silêncios que gritam aquilo que não somos e nunca seremos- Os silêncios que deveriam nos colocar no devido lugar- O longe.
O mais triste enquanto não entendemos que amar é contemplarmos a alegria, está no quanto nos afastamos da essência, de dentro, de Deus, dos outros, das nossas necessidades- e nos fartamos de um brilho que equivocadamente acreditamos existir para “preenchermos” aquele momento em que tudo parece nada - e não é nada disso.
Queiramos ou não, entendamos ou não, só há uma condição imprescindível no amor. Onde a tristeza, a duvida , a solidão e a dor compartilhadas, seguem como as ondas - terminam minúsculas na paisagem que é o todo, e define a preciosidade de uma história - até que se transformam naquilo que sobretudo na tempestade o amor nunca deixa de trazer e renovar : Felicidade.