Esses professores e professoras!
É meu dever amar ao meu próximo, mesmo que ele esteja longe de meus pensamentos, propósitos, que não tenha o meu jeito de ser. Ninguém é obrigado a pensar como eu penso, senão o Mundo não teria graça, eu não teria com que me irritar, e não explodiria de vez em quando. Afinal não sou nenhum monge penitente que aceita que lhe espanquem, só porque Jesus disse: “a qualquer que te bater na face direita, oferece-lhe também a outra” (Mateus 5:39). Afinal Ele chicoteou os vendilhões de templo! E eu estou aqui pensando se devo ou não “chicotear” com minhas críticas alguns professores que envergo como “vendilhões do ensino”? Claro que eles eram exceções, mas estão se tornando maioria. Isto é preocupante.
Concordo que os alunos modernos estejam insubordinados, que os salários sejam poucos, que é necessária greve contra o baixo salário, mas não concordo professor faltar a tantas aulas aula e justificar com a explicação; “faltei de dar aula para minha turminha, para não faltar aula na minha faculdade”. Suponha-se que uma cozinheira só porque quer aprender mais sobre culinária deixe todo mundo com fome? Ou que o padeiro, porque deseja aprender fazer manteiga, em alguns dias te mande comer pão dormido? As aspirações de conhecimento e ascensão a cargos melhores, melhores níveis culturais, melhores salários. Reivindicações justas, até dos que estão cursando primeiro o primário. Seja, primeiro grau.
Não sei em outros estados, mas tendo a Bahia como exemplo, onde vivo, no ano de 2007 houve uma longa greve de professores estaduais para melhores salários. Achei justo e passei a acreditar que findo o movimento os professores e professoras se movimentassem a repor as aulas. Os militantes daquela posição, quase sempre radicais da oposição, diziam que sim, que teriam a completar os duzentos dias do ano letivo. Minhas filhas sacrificariam as férias, mas ter aulas eu acredito ser melhor. Será que elas necessitam de escola? Não teria eu pai a capacidade de ensinar? Algumas coisas sim, e o faço sem problemas, porém o profissional da educação, aquele que domina o conteúdo de uma aula, tendo só uma disciplina a dominar; matemática, português, ciências, português, etc. não sou eu.
Mesmo com a desculpa de se capacitar, em qualquer profissão não deve acontecer que se deixe o passageiro na rodoviária ou no aeroporto, os atrasando o destino. .
Imaginem se falta o piloto do avião e um pai ou mãe de passageiros aventura-se sair voando por ai? Dificilmente chegará ao outro aeroporto! Faltar à sala de aula, mas não abrindo mão do salário que ganham por aquele dia, isto me parece ser uma atitude mercenária, onde o amor pela sala de aula se mostra ausente. O aluno vai à escola e pensando em cinco aulas, mas na terceira retorna para casa. Isto os que procuram o lar e os pais. E também percebo que começa a faltar diretores e diretoras que entrem em aula quando um professor faltar, como penso deveria ser. Com isto, pelas minhas contas, a reposição que deveria acabar em janeiro, vai lá para semana santa, E não adianta falar em sábado letivo, a fala neste dia é generalizada. Ou vão aprovar aos alunos faltando dias/aula? Hoje mesmo as escolas não tiveram aulas, foi uma “parada de advertência”.
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(*) Seu Pedro é o jornalista Pedro Diedrichs, editor do jornal Vanguarda, em Guanambi – Bahia, e lamenta que a escola esteja afundando, e acha que a culpa não é só do tempo que vivemos, mas também da “falta de tempo” dos mestres. Mesmo assim continua amado os professores, principalmente as professoras!