CONSCIÊNCIAS (II)

Quem de nós conhece a sua própria realidade?
Qualquer dicionário,em resumo, traduziria:
SUA: possessivo, feminino, singular;
PRÓPRIA: pertencente a si, particular;
REALIDADE: o que existe de fato, verdadeiro;
Mas quantos de nós decidiriam coisas importantes ou banais sem a aquiescência do senso comum?
E a crítica? O que vão dizer? Que irão pensar?
Desmorona-se o literal dos sentidos devendo, portanto, haver algo bem maior e essencial. 
Vivemos em sociedade, num regime de compartilhamento com regras sociais e de convivência estabelecidas.
Todos iguais perante as leis, com mesmos direitos e deveres, oportunidades, obrigações e liberdades.
O discurso é lindo, polido, decorado!
Perfeito! Parabéns!
Como boneco do ventríloquo mexemos a boca.
Como marionetes emprestamos gestual e movimentos.
Pensamentos e palavras que acreditamos só nossos. 
Na verdade, não pertencem àqueles que elaboram nossa opinião? Distorcendo-a? Influenciando-a?
Nosso condicionamento cultural e racional está pré-programado para não ver a realidade. 
Não pensá-la. Não resolvê-la.
Mas não podemos mais enganar nossa consciência.
O que existe de fato? O que é verdadeiro? 
A realidade é essa?
Tiranias, individualismos, caos... Desafetos, desamores, abandonos, hipocrisias, falsidades... Desemprego, explorações, trabalho escravo; abandono de crianças e velhos. Cultura e educação, patrimônio de um povo, jogadas ao lixo.
Desigualdades, injustiças sociais, raciais...
Instituições apodrecem, facções e gangues comandam; legisladores que não fazem leis; judiciário moroso e lento não as aplica; executivos que não as exercitam ou as cumprem.
Segurança e saúde são piadas; policiais seqüestram, hospitais que matam.
Fome, miséria, prostituição, promiscuidade e mortandade infantis são produtos de exportação. Calçadas e estradas matam mais que declaradas e absurdas guerras.
Acaso você também vê essa REALIDADE?
Tem consciência
Conhece, enfim, a sua própria realidade?
 
Tecelão de Fantasias
Enviado por Tecelão de Fantasias em 16/10/2008
Reeditado em 16/10/2008
Código do texto: T1232157
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