Uma Questão Não Resolvida



Comer e amar nos apraz na sua forma mais primitiva... Quanto mais se revela a pulsão animal, no ser humano, maior o prazer de amar e ser amado, esse é o mais sutil alimento da alma viva, exuberante.

A alma é amorosa é naturalmente límbica... Extremamente amorosa. A face saciada na paixão exibe magnitude e brilho. É uma transcendência na calma da emoção que se exalta e se aquieta, no enquanto...

Nada dissimula e esconde a materialidade que se coloca ao alcance da visão... Olhar alguém neste estado resplandecente nos remete a nossa questão de amar e de sentir o prazer... De amar na relação.

Emerge fácil a motivação imediata de colocar sexo e sensualidade como uma questão resolvida... Ledo engano... Cada ato em si trás consigo esta possibilidade, e a cada final bem sucedido, ou não, a batalha recomeça.

A busca é interminável e o sentir cada vez quer maior intensidade... Nada neste âmbito, desta emoção, se coloca como resolvido. Nem considerando um par que dá... Certo. Nem considerando, pares alternativos, escapes, caçadas em busca de novas experiências. Cada vez é única...

A contrição e sujeição às normas escapam no desequilíbrio, que é só equilíbrio, no momento em que alma e corpo precisam de uma trégua, para se completarem no domínio do sensível, das carícias. Recarregar baterias, e finalmente estar pronto para lida outra vez...

Ibernise.
Indiara (GO), 29SET2008.
Inédito!
*Núcleo Temático Romântico.
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Ibernise
Enviado por Ibernise em 16/10/2008
Reeditado em 23/08/2013
Código do texto: T1231103
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