FIQUE COM O TRÔCO!

São aproximadamente quinze horas de uma sexta-feira quando Ambrósio entra em uma loja que vende produtos descartáveis no centro de uma grande cidade. Após reunir o material a ser adquirido com a ajuda de um vendedor, o comprador solicita ao funcionário atendente que emita a respectiva nota fiscal de compra. O valor a ser pago no caixa, será de exatos R$ 52,29 (Cinqüenta e dois reais e vinte e nove centavos), diretamente ao proprietário da loja, que também parecia não confiar em nenhuma pessoa do mundo, a não ser nele mesmo, para ficar por conta do seu dinheiro.

Sabendo quanto deveria pagar, Ambrósio brinca com o caixa, dizendo-lhe para dar-lhe um desconto de R$ 0,29 (Vinte e nove centavos), o que o proprietário de cara feia retruca, dizendo não haver a mínima possibilidade de dar desconto algum. Sem dizer mais nenhuma palavra, Ambrósio tira da carteira R$ 52,50 (Cinqüenta e dois reais e cinqüenta centavos) efetuando o respectivo pagamento, porém na hora de receber o trôco de R$ 0,21 (Vinte e um centavos), que o proprietário da loja transformou em uma devolução de R$ 0,25 (Vinte e cinco centavos), o comprador preferiu deixar ali mesmo no caixa de presente para o proprietário mesquinho, dizendo-lhe: - Fique com o trôco! Pois tenho certeza que o Sr. está muito necessitado! E o proprietário, parecendo realmente estar muito necessitado e, sem fazer a menor cerimônia aceitou a oferta. Afinal a sua mesquinhez acabara de ganhar uma moedinha de R$ 0,25 (Vinte e cinco centavos), porém na sua cegueira comercial, recheada com a sua estupidez, foi totalmente incapaz de perceber que havia perdido com o seu gesto mesquinho, um grande freguês.

Antonio Alves
Enviado por Antonio Alves em 14/10/2008
Reeditado em 14/10/2008
Código do texto: T1227593
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