"Fechação" na Câmara
Confesso que tive que ter um pouco de cuidado para não escrever nada muito ofensivo nessa crônica. Afinal, ser jornalista é ser imparcial. Mas política nesse país é mesmo uma piada. Pode até parecer meio “clichê” afinal de contas, com histórico que o nosso país têm realmente essa é uma frase que já estamos acostumados a ouvir.
Mas a última novidade sobre política na cidade parece que rompeu todas as fronteiras do que se pode chamar normal. Depois, a gente mesmo reclama porque os outros estados dizem que tudo só acontece na Bahia. Difícil mesmo imaginar que depois de uma mega estrutura, meses de propagandas para ajudar a escolhermos o que seria o futuro da nossa cidade, o 4º (ou quarta), verea... Enfim, a 4º pessoa mais votada para ocupar um cargo na câmara de vereadores (foi o melhor jeito que eu encontrei para definir “aquilo”), foi LEO KRET DO BRASIL.
E fomos nós que escolhemos. Nós! Provavelmente você vai se sentir ofendido agora porque não votou diretamente nela. Mas votou em branco talvez. Olha o que você fez. Desperdiçou o seu voto (que podia não significar absolutamente nada pra você, mas se você tivesse um pingo de grau de comprometimento iria estar se sentindo culpado agora), para colocar representando você na câmara uma pessoa como LEO KRET.
Que fique bem claro q eu não tenho nada contra manifestações de cultura popular. Mesmo aquelas que atingem a grande massa, afinal,é disso mesmo que o povo gosta não é? Mas pára cinco minutos o que você está fazendo aí pra pensar. Como estabelecer limites sobre o que é e o que não é sério nesse país? Será que as pessoas estão tão desacreditadas no que os políticos estão fazendo com elas que resolveram se vingar? Pior é que ninguém viu que o que fizemos foi cuspir pra cima. Agora, o cuspe vai cair na nossa testa e nós vamos ver nossa amiga “quase mulher” fazer uma “fechação” na câmara.
Está tudo realmente bagunçado. Aqueles que acreditaram estar satirizando com a política do país, fiquem sabendo que Kret vai ganhar uma bagatela para ficar desfilando modelos de terninhos femininos (com nome masculino no RG, o que é contra lei). Em entrevista recente, ele... ela... Não sabia como se definir sexualmente. Uma pessoa que não sabem nem definir o sexo, vai saber tomar que decisão? Imagina uma quase mulher... Provavelmente será uma quase vereadora.
Mas o que fazer não é mesmo? Vivemos num país democrático... Estamos na chuva... Agora já foi...