MUDANÇAS DE HÁBITOS
MUDANÇAS DE HÁBITOS
Desde a criação do mundo um descortinamento calcetado nas dificuldades da sobrevivência, o homem acopla meios indescritíveis para sua sobrevivência em direção hercúlea e no imo de sua alma para formar sociedades, visto que doutrinados por um ser Divino que os colocou na Terra com esta árdua missão. Alguns estudiosos, cientistas dizem reiteradas vezes que o ser humano individual ou socialmente, planeja e age de forma consciente. O ser humano tem consciência de seus atos, possui um saber reflexivo. Essa nuança qualificativa do homem não foi bem assim, pois o homem teve que passar por diversas fases. Em determinadas ele agia instintivamente como animais. Não tinha em quem se espelhar e sobrevivia basicamente da caça e em muitos casos assumia a antropofagia. Até chegar e se imantar na condição de sapiens - sapiens, “ser que sabe que sabe” teve que evoluir e formar seres mais conscientes. O cérebro do homem da “pedra lascada” não tinha a concepção do de hoje.
Dia a dia ele foi reavaliando seu modo de agir até chegar à condição de personalista. O homem sempre conviveu com a violência, tanto para sobreviver como para formar civilizações. Quem se ater nos livros, ditos sagrados virão que a remissão estava totalmente ausente do écran cerebral do homem, porém a inveja, o egoísmo, a ambição, a raiva já estavam inseridas no personalismo do homem. Os homens pré-históricos não tinham primazia do personalismo, mas a história como foi nos repassada havia certo conceito inoperante entre instinto e personalismo. O personalismo é uma das raízes da inteligência. O termo mais abrangente para os homens daquela época era anseio por uma cultura, um modo de vida que lhes dessem melhores condições de vida. As comezinhas, as dificuldades, a indolência, a inércia e o calvário, a senectude de milhões de anos, criaram um cascão no cérebro humano, que lhe fez agir com rispidez instintual e com atenção direcionada para o mal. A personalidade antiga vai se esvair do cérebro humano, mas ainda associa a inteligência ao instinto. A data precisa para este acontecimento ninguém sabe. Só Deus! Algumas conotações importantes: “Os que são escravos do orgulho afastam cooperadores eficientes” Os que se sujeitam à vaidade, atropelam o bom senso. Os que são dominados pela inveja atacam companheiros idôneos. Os que não prezam a autocrítica se deleitam na exibição ridícula. Toda nossa vida é uma continuidade de relacionamentos com pessoas, com objetos, com seres e animais. “Ninguém muda seu relacionamento de repente, ninguém se forma de um dia para com outro”.
Cidadania é exercer, de direito e de fato, direitos sociais, civis e políticos, com seus respectivos deveres, como sujeito da vida que se vive e da história, que se constrói. Para se viver em harmonia ou diminuir a violência a educação é o viés básico, mas em certas situações é necessário que o policial tenha noção do povo com que convive e a população conheça o policial. A inter-relação entre polícia e sociedade deve existir sempre. Fatores inerentes a esta concepção não são fáceis. O professor Pedro Bezerra de Araújo em seu livro “Polícia e Povo: cidadão a serviço de cidadão fornece fatores para que pelo menos se tente uma aproximação. O policial espera do povo: Compreensão, reconhecimento, integração, participação, confiança; uma maior abertura social, não rejeição às ações policiais e um maior contato Sociedade-Polícia. Solidariedade, Uma visão diferente em relação ao policial, disciplina, respeito, cooperação nos trabalhos realizados, Afinidade para com o trabalho policial, que o povo se inteire das necessidades existentes no aparelho policial e, principalmente, respeito. Melhor aceitação do seu trabalho. Até porque é muito difícil trabalhar com povo, com gente, pois “toda cabeça uma sentença”. Fica esta lição para o Governador do Estado e o Secretário de Segurança Pública. Só um cego não enxerga a maioria dessas nuanças. Já o povo espera do policial o seguinte: “Acima de tudo, proteção, Não é a toa que o órgão se nomeia Segurança Pública. A imagem do policial é muito importante para a comunidade. Como um super-homem são-lhe cobrados eficiência, prontidão e perfeccionismo. O corpo “comunidade” seria como um menino cuja mãe o protegerá contra os empurrõezinhos dos colegas de escola. Só que a mãe é humana também e já foi criança, apenas cresceu um pouco de tamanho. Bom atendimento sem discriminação, integridade funcional, educação, justiça e respeito. Imparcialidade nas ações e que o policial se veja como cidadão e não apenas como autoridade. Melhor atendimento, interesse nas causas públicas. Que o policial tenha melhores conhecimentos dos Direitos do Cidadão. Educação, respeito, honestidade, boa vontade no trabalho, atuação coerente com as necessidades da sociedade.
Segurança, proteção, autoritarismo, empenho na resolução de seus problemas, poder de julgar e decidir nas - lides. Que o mesmo seja mais compreensivo, menos desprovido de juízo de valor e, afinal o policial não é julgador. Amigos o que o povo quer da Polícia, principalmente a brasileira não irá conseguir nunca, pois sendo cada cabeça uma sentença, o povo teria que ser tão educado e respeitar o direito do outro também. Nem os povos dos países do primeiro terão o que o povo brasileiro almeja. Lembrar que povo é polícia e polícia é povo. Algumas destas situações poderiam ser realizadas, mas nos parece que não existe boa vontade por parte dos governantes, nem em educação, nem saúde e segurança. Um mau hábito não passa de uma ação do subconsciente, que faz com que o ato seja realizado automaticamente. Os políticos não são mães são madrastas e o governo não é pai e sim padrasto.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-ALOMERCE E A AOUVIR/CE