OS SETE PÃES
Ao despertar pela manhã, Alfredo percebe que não há dinheiro para comprar pão para a sua espôsa e três filhos menores, pois o recebimento do salário do mês ainda está longe, afinal o mês está só na metade. Deixando a vergonha de lado, o chefe de família se dirige a um pequeno comércio próximo à sua casa, onde ele de costume, deixa o seu suado dinheirinho. Chegando lá, ele se dirige ao dono do comércio e pergunta-lhe se ele pode fornecer-lhe alguns pães, para pagar dentro de algums dias. O dono do comércio responde que só restam sete pães de 50 gramas e, que ele só irá vendê-los, para quem tiver dinheiro para pagá-los à vista, o que não era o caso de Alfredo. Alfredo abaixa a cabeça e sai daquele local com a certeza de que o mundo vai de mal a pior e, que o relacionamento de amizade que ele julgara ter com o dono daquele pequeno estabelecimento comercial, tinha um valor menor do que sete pães de 50 gramas.
Por ironia do destino, o dono do pequeno estabelecimento comercial dizia-se cristão e frequentava regularmente uma igreja. Aquele homem representava um Cristo capaz de negar pão a um chefe de família sem dinheiro, que estava apenas pedindo um crédito por alguns dias. O dono do estabelecimento o conhecia, o via todos os dias e não tinha motivo para negar-lhe um pedido tão simples quando se tem verdadeiramente Jesus no coração.
Muitos neste mundo se dizem cristãos, porém negam o cristianismo quando negam o amor ao seu semelhante. Seja negando um crédito para a compra de pão, uma palavra de amor, um sorriso ou qualquer coisa que Jesus oferecia em abundância enquanto esteve aqui e, continua a oferecer para aqueles que estendem as mãos e abrem os corações para receberem os presentes do Divino Mestre.